No início de dezembro passado, a Bienal anunciou que Koyo Kouoh seria responsável pela organização da 61.ª edição do evento artístico, agendada para 2026.
"A sua morte deixa um imenso vazio no mundo da arte contemporânea e na comunidade internacional de artistas, curadores e especialistas, que apreciaram o seu extraordinário empenho intelectual e humano", acrescenta a Bienal.
Koyo Kouoh era especialmente conhecida pelas suas exposições sobre feminismo e pela sua atenção a África.
A Bienal de Veneza declarou, há cinco meses, que a sua nomeação pretendia representar "o reconhecimento de um horizonte mais vasto e o surgimento de um dia generoso de novas palavras e olhares".
Nascida em 1967 nos Camarões e criada na Suíça, Kouoh foi uma artista de renome no panorama africano e internacional, com inúmeras publicações e exposições nas principais cidades e museus de todo o mundo.
Desde 2019, desempenhava as funções de diretora executiva do Museu Zeiz de Arte Contemporânea Africana, na Cidade do Cabo, África do Sul, e, em 2020, recebeu o Grande Prémio 'Meret Oppengeim', organizado pela Suíça.
A Bienal de Veneza é um dos eventos artísticos mais importantes e está dividida por setores: em 2025, o seu foco será a Arquitetura, dirigida pelo engenheiro italiano Carlo Ratti, e em 2026, será dedicada à Arte.
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