"Trata-se de um festival diferente dos outros, numa cidade que reúne todas as condições técnicas, logísticas, ambientais e turísticas", disse à agência Lusa Luís Albuquerque, diretor-geral do festival que foi apresentado hoje de manhã em conferência de imprensa.
O responsável pelo evento sublinhou que o Figueira Film Art envolve, além do Centro de Artes e Espetáculos, que vai projetar todos os filmes a concurso, o Casino, Museu Municipal Santos Rocha, o Núcleo Museológico do Sal, dois bares, uma associação cultural da cidade e coletividades.
A concurso, estarão 118 longas e curtas-metragens, estas últimas divididas nas categorias de documentário, ficção e videoclip, selecionadas de entre mais de 130 inscritos. O certame promove também colóquios, tertúlias e workshops.
Segundo Luís Albuquerque, haverá também cinema a convite, com destaque para a exibição do filme de 2011 ‘O Cônsul de Bordéus’, de João Correa e de Francisco Manso, que retrata a vida de Aristides de Sousa Mendes, diplomata português que concedeu mais de 30 mil vistos a refugiados que queriam fugir de França durante a 2.ª Guerra Mundial.
Durante o evento, haverá dias temáticos, como o dia "do cinema independente", outro dedicado a "realizadores figueirenses" e um dia da "Cinemateca", instituição nacional dedicada à preservação e difusão do cinema português, avançou o diretor do festival.
O Figueira Film Art, que pretende estabelecer uma ligação com o antigo Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz (FICFF), que acabou em 2002, terá, no entanto, outros objetivos e com "uma ideologia diferente", segundo Luís Albuquerque.
"As minhas expectativas são as melhores, pois estão criadas as condições para as pessoas virem participar num festival que é virado para o mundo e promove a cidade da Figueira da Foz, além de prolongar a época de veraneio", frisou o responsável.
O Casino Figueira - que foi o palco principal das 31 edições do FICFF - recebe a 14 de setembro a cerimónia de entrega dos prémios e das menções honrosas do festival, que, na prática, teve início a 13 de junho, com a atribuição o prémio de Carreira a Alberto Seixas Santos, um dos fundadores do Centro Português de Cinema, e que é o padrinho desta primeira edição do Figueira Film Art, continuando nos meses seguintes com outras iniciativas associadas.
