'Corpos Cintilantes', 'Natureza Humana' e '2720' chegam às salas portuguesas depois de já terem sido exibidos, e premiados, em festivais, nomeadamente no Visions du Réel (Paris), no Festival de Cannes, no Festival Internacional de Roterdão e no Caminhos do Cinema Português (Coimbra).

Os três filmes "revelam três visões de personagens, que estando em distintas fases da vida, têm em comum o facto de viverem cercadas por muros físicos ou metafóricos", lê-se em nota de imprensa da Agência da Curta-Metragem.

O primeiro filme desta sessão é '2720', do realizador luso-suíço Basil da Cunha.

A 'curta' cruza duas personagens, Camila (Camila Diniz), de 7 anos, que parte em busca do irmão desaparecido após uma rusga policial, e Jysone (Jason Varela) que, em liberdade após cumprir uma pena de prisão, percorre o bairro à procura de boleia para o emprego, refere a sinopse.

'Corpos Cintilantes' é uma primeira obra da realizadora Inês Teixeira e "explora um momento particular na vida de Mariana, uma jovem de 16 anos que, ao ser convidada para passar um fim de semana em Leiria, em casa do seu colega Jorge, começa a olhar para ele de outra forma".

A interpretação é de Maria Abreu e Gaspar Menezes.

A sessão termina com "Natureza Humana", quarto filme de Mónica Lima, que segue os dias de um casal fechado num apartamento, com um pequeno quintal, numa cidade em confinamento. A história é protagonizada pelos atores Crista Alfaiate e João Vicente.

Ainda não é muito comum estrearem-se curtas-metragens portuguesas no circuito comercial, nomeadamente em sessões exclusivas neste formato.

No verão de 2023, a produtora Take 2000 levou aos cinemas três curtas que tinham como tema comum o crime: 'S.Ó.S.', de Bruno Soares, 'Céu aberto ou espaço limitado', de José António Loureiro, e 'Para cá do Marão'.

Ainda em 2023, destacou-se a estreia comercial de 'Ice Merchants', a premiada curta-metragem de animação de João Gonzalez, que somou 13.944 espectadores e foi o quarto filme português mais visto do ano.

Em 2020, o realizador e artista visual Gabriel Abrantes fez uma estreia conjunta de quatro curtas-metragens, com 'Freud Und Friends' (2015), 'Uma Breve História de Princesa X' (2016), 'Os Humores Artificiais' (2016) e 'As Extraordinárias Desventuras da Menina de Pedra' (2018).

No mesmo ano, estrearam-se três curtas que celebravam o cinema no feminino: 'Dia de Festa', de Sofia Bost, 'Ruby', de Mariana Gaivão, e 'Cães que ladram aos pássaros', de Leonor Teles.

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