O Museu da antiga Escola Politécnica portuguesa, pertencente à Universidade de Lisboa, está a pesquisar todos os documentos que existem na casa e que possam estar dispersos, esquecidos ou à espera de ser encontrados, para os divulgar, incluindo material que está num cofre dos Jesuítas datado do século XVII.
Recentemente, o Museu encontrou numa das gavetas fechadas à chave um espólio contendo desenhos e manuscritos inéditos do naturalista Francisco Arruda Furtado, famoso cientista português, oriundo dos Açores, que manteve correspondência com Charles Darwin, o naturalista britânico que defendeu a teoria da evolução das espécies através da seleção natural.
Apesar de descrever a descoberta como uma "mina para a História", dada a importância que representa para a ciência, a investigadora adiantou à Lusa que, "nos quatro hectares do Museu no centro de Lisboa, que tem vários edifícios dispersos, com muita gente a trabalhar com coisas sempre diferentes e durante quase 400 anos", ainda existem "cinco cofres por abrir, um deles do século XVI".
Em 1978, o edifício foi consumido por chamas que destruíram parcialmente o espólio científico-cultural, resultado em grande parte da investigação do próprio Museu, de várias expedições científicas, bem como de doações.
No entanto, o Museu, cuja missão é promover o conhecimento sobre o mundo natural, ainda possui um vasto acervo histórico-cultural, constituído por coleção de peças técnico-científicas e objetos de arte dispersos pelas várias unidades que a constituem, nomeadamente o Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, projetado em meados do século XIX.