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Sé Catedral da Guarda vai ter órgão de tubos que custa 930 mil euros

A Sé Catedral da Guarda vai deixar de ser a única do país que não tem um órgão de tubos, com a construção de um instrumento musical que custará 930 mil euros, foi hoje anunciado.

Sé Catedral da Guarda vai ter órgão de tubos que custa 930 mil euros
Notícias ao Minuto

18:16 - 03/06/22 por Lusa

Cultura Monumento

O órgão de tubos vai ser construído pelo organeiro Frederico Desmottes (Espanha), no fundo da nave central do templo religioso, e a estimativa de construção aponta para novembro de 2023.

"Em causa está um investimento global superior a 930 mil euros, dos quais cerca de 750 mil apoiados no âmbito do Centro 2020 e o restante valor, com orçamento próprio da Direção Regional de Cultura [DRC], da Diocese da Guarda (...) e, neste momento, com o apoio dos municípios, nomeadamente do município da Guarda", disse hoje a diretora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes.

A responsável falava na cerimónia protocolar que assinalou a assinatura do contrato de adjudicação da empreitada de recuperação do órgão de tubos da Sé da Guarda, financiado no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro - Centro 2020.

Na sua intervenção, realizada no interior da Sé Catedral, Susana Menezes referiu que o valor global do investimento será referente "não só à reconstrução do órgão, enquanto instrumento, como também à criação da plataforma de suporte que vai sustentar o órgão, precisamente ao fundo da nave central da Sé".

Lembrou que a construção do órgão é uma antiga pretensão da Diocese e que no novo instrumento serão inseridos "elementos decorativos e mecânicos" do órgão de talha dourada que existiu na Catedral da cidade mais alta do país e que foi desmantelado no início do século passado, durante a realização de obras de restauro.

"Do nosso ponto de vista, da DRC, mais do que um instrumento musical que damos à Diocese (...) estamos a falar de um novo ativo cultural que se integra, em toda a sua extensão, naquela que é a estratégia da DRC para a próxima década, no que diz respeito à promoção e divulgação cultural", disse.

Suzana Menezes relatou que o processo foi concluído após a elaboração de "três complexas candidaturas" e da realização de "quatro exigentes concursos internacionais".

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, disse que a reposição de peças do antigo órgão é "uma medida de uma enorme inteligência", pois permite "recuperar aquilo que foi destruído".

"Nós estamos a imaginar o que será assistir a um concerto de órgão neste espaço tão grandioso? Deve ser demolidor, deve ser mesmo uma grandeza de espírito, uma satisfação enorme das nossas almas", vaticinou.

O bispo da Guarda, Manuel Felício, disse, por sua vez, que a Sé da Guarda é a única do território nacional que não possui órgão de tubos e a sua construção será importante não só para o culto religioso, como também para o panorama cultural da região.

Segundo o prelado diocesano, para a execução do investimento "são bem-vindas todas as colaborações" de particulares e das instituições.

"Confiamos no compromisso das instituições, na generosidade das pessoas e na bênção de Deus, para termos de regresso à Sé Catedral da Guarda este instrumento que tanta falta lhe faz", rematou.

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, admitiu que o futuro órgão de tubos será "mais um fator de atração cultural" para a cidade.

"Este investimento vai marcar e contribuir para a dinamização cultural de toda a região", disse o autarca, que deu conta da disponibilidade do município "para ajudar ao seu financiamento".

A Sé da cidade mais alta do país é um templo de estilo gótico, todo em granito, que levou cerca de 150 anos a construir (finais de século XIV até meados do século XVI).

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