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Fundação distribui livro infantil sobre diabetes a 500 escolas primárias

A Fundação Ernesto Roma e Catarina Mendanha, autora do livro infantil "Maria descobre a diabetes", vão, ao longo da próxima semana, distribuir por 500 escolas primárias exemplares da obra, que pretende educar as crianças para esta doença.

Fundação distribui livro infantil sobre diabetes a 500 escolas primárias
Notícias ao Minuto

23:32 - 16/05/21 por Lusa

Cultura Fundação Ernesto Roma

Espera-se que o livro impacte mais de 11 mil crianças através da história de Maria, uma menina que é como todas as outras, mas que tem um poder: ser o seu próprio pâncreas.

"A Maria tem aventuras, é divertida, ágil, uma criança como outra qualquer", explica Catarina Mendanha, que convive com a patologia desde os seis anos.

A autora quis mostrar como é que Maria se sente, resolve desafios e de que forma a diabetes está presente na sua vida.

"O desafio de ter uma doença crónica é o sentimento de sermos diferentes de forma constante e para sempre", pelo que achou importante criar uma personagem igual às crianças que dela sofrem.

"É bom para os mais terem uma personagem que seja igual a eles. Sentem-se acompanhados", esclarece.

Ajudar os pais, "cujo mundo desmorona quando recebem esta informação", ao trazer-lhes alguma normalidade é outro dos objetivos da autora, que destaca a importância de educar a sociedade onde ainda "há muita desinformação".

O livro que, diz, pretende "mudar o paradigma ao mostrar a doença não como uma fragilidade e desvantagem, mas um poder", conta com o apadrinhamento do ator Joaquim de Almeida.

O diretor da Fundação Ernesto Roma, Luís Gardete, sublinha que esta iniciativa é também importante para as crianças que não têm esta doença. 

A elas importa, além de desmistificar, "ensinar bons hábitos que se ganham desde cedo e se levam para casa" - onde podem transmitir a mensagem aos pais - e para o futuro.

"A educação alimentar e o exercício físico são muito importantes para evitar esta doença e para a controlar quando já se é diabético. Evitando os fatores de risco para a diabetes, estamos a evitar para muito outras doenças: cardiovasculares, articulares e alguns tipos de cancro", explica.

Segundo a OCDE, Portugal era em 2019 o segundo país com maior taxa de prevalência de diabetes na UE, atingindo 9,8% da população. 

A diabetes traduz-se na incapacidade de o organismo regular os níveis excessivos de açúcar no sangue porque o pâncreas não consegue produzir insulina, aumenta o risco de doenças cardiovasculares e da infeção respiratória do novo coronavírus que provoca a covid-19.

Os diabéticos do tipo 1 precisam de tomar insulina, enquanto os diabéticos do tipo 2 necessitam de medicação de controlo, dieta alimentar e exercício físico adequados.

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