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Cinemateca Portuguesa reabre no dia 19. Programa é antecâmara para o ano

A Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, retoma as sessões de cinema a partir de 19 de abril, embora num horário reduzido, "com um programa diversificado, em boa parte concebido como antecâmara da restante programação deste ano", foi hoje anunciado.

Cinemateca Portuguesa reabre no dia 19. Programa é antecâmara para o ano
Notícias ao Minuto

16:33 - 06/04/21 por Lusa

Cultura Cinemateca Portuguesa

O 'plano de desconfinamento' do Governo prevê que as salas de cinema possam reabrir a partir de 19 de abril, e nesse dia "as sessões de cinema regressam à [Rua] Barata Salgueiro, depois de um interregno de três meses", refere a Cinemateca Portuguesa num comunicado hoje divulgado, no qual anuncia os principais destaques da programação para abril e até ao final do ano.

As sessões de cinema serão retomadas, "ainda num horário reduzido (duas sessões diárias na Sala M. Félix Ribeiro, genericamente às 15:30 e às 19:00), com um programa diversificado, em boa parte concebido como antecâmara da restante programação deste ano".

Entre 19 e 30 de abril, a Cinemateca irá realizar 22 sessões, "assentes em três eixos de programação: Brevemente neste cinema; Filmes portugueses em cópias novas: Novas edições".

"Brevemente neste cinema" inclui 14 sessões que antecipam os temas de alguns dos principais ciclos que a Cinemateca irá apresentar até dezembro.

Das 14 sessões, a Cinemateca destaca, "no próprio dia da reabertura, 19 de abril, às 19:00, aquela que será finalmente a inauguração do ciclo 'Os Mares da Europa', prevista para o dia 14 de janeiro, e que não chegou a efetivar-se devido ao confinamento".

"Este ciclo, que integra o programa cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, e que prosseguirá depois a partir de 3 de maio, tem aqui o seu arranque com obras dos primórdios do cinema (Irmãos Lumière e Harry Short) e com um dos mais célebres títulos de Jean Epstein ('Finis Terrae', 1929), com acompanhamento ao piano por João Paulo Esteves da Silva", lê-se no comunicado.

"Filmes portugueses em cópias novas" inclui as primeiras exibições na Cinemateca de "três trabalhos de laboratório feitos no âmbito da preservação e divulgação do cinema português (tanto analógicos ou digitais): 'O Movimento das Coisas' de Manuela Serra (1985), 'Cartas na Mesa' de Rogério Ceitil (1975), e 'As Armas e o Povo' (coletivo, 1975)".

As "Novas edições" serão quatro sessões "especiais articuladas com o lançamento de novas edições, da Cinemateca e não só".

Duas dessas sessões realizam-se no âmbito da divulgação do livro "Luis Miguel Cintra: o cinema", "constituindo uma nova jornada de homenagem ao ator e encenador, com a presença do próprio e dos realizadores Pablo Llorca e Ricardo Aibéo".

"Outra refere-se a mais uma nova edição da casa -- 'A Coleção Colonial da Cinemateca' -- neste caso em evocação dupla da autora (Joana Pimentel 1953-2018) e de Joaquim Lopes Barbosa, falecido já este ano, de quem exibimos a sua única longa-metragem 'Deixem-me ao menos subir às palmeiras' (1972). Finalmente, em mais uma sessão dedicada ao cinema português, é destacado o último livro de José Bértolo, editado pela Documenta, 'Espectros do Cinema -- Manoel de Oliveira e João Pedro Rodrigues'", adianta a Cinemateca.

A programação detalhada de abril da Cinemateca Portuguesa será divulgada a partir de quarta-feira.

Em relação ao resto do ano, a Cinemateca anuncia que, a partir de 03 de maio, "em princípio já com três sessões diárias", será retomada a habitual programação ancorada em ciclos, que em 2021, "e tanto quanto é possível prever, decorrerá depois de forma ininterrupta até final do ano (nisso incluindo um programa com características especiais, a realizar em agosto)".

Assim, entre maio e dezembro, a Cinemateca irá apresentar uma série de ciclos do cinema mundial, como "Os Mares da Europa", "Revisitar os Grandes Géneros: O Noir" (em duas partes: "No coração do Noir", "Disponíveis para o Noir") e "O Cinema Italiano, Lado B".

Depois do 'míni ciclo' ocorrido há dois anos, quando do lançamento em Portugal do 1.º volume de "Crónica dos Sentimentos", de Alexander Kluge (ed. CFB), a obra do cineasta alemão deverá à Cinemateca, em colaboração com a Fundação de Serralves -- Casa do Cinema Manoel de Oliveira.

O cinema de Sarah Maldoror, em colaboração com o festival IndieLisboa, o cinema de Peter Bogdanovich, e com "Carta Branca a P. Bogdanovich", também merecerão a atenção da Cinemateca, a par de "O Cinema Francês Sob Ocupação".

Entre os protagonistas da programação estão ainda previstos os cineastas Pál Fejos, Jacqueline Audry (em colaboração com a Festa do Cinema Francês), Allan Dwan, Chris Marker e Lois Weber.

A estes juntam-se os atores Jane Russell, Deborah Kerr, Simone Signoret, Yves Montand e Dirk Bogarde, de quem se assinalam os respetivos centenários.

A Cinemateca ressalva que se trata de "programas em preparação", salientando que "a calendarização definitiva destes e doutros ciclos a anunciar posteriormente será objeto de informação gradual, em função das circunstâncias exatas em que poderão decorrer as sessões de cinema".

"Em particular, entre os ciclos aqui ainda não divulgados, incluem-se todos os ciclos dedicados ao Cinema Português, cuja calendarização, por motivos vários, está especialmente dependente daquelas circunstâncias. Nesses, inclui-se a conclusão do ciclo dedicado a Jorge Silva Melo, assim como, entre outros, o ciclo de homenagem a José Mário Branco, também anteriormente anunciado", lê-se no comunicado.

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