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Miguel Lourenço Pereira lança livro sobre história dos Europeus
O português Miguel Lourenço Pereira, a viver em Madrid desde 2006, lançou o livro 'Sueños de la Euro' ("Sonhos do Euro"), um trabalho que olha para a história dos Europeus de futebol para ver a da própria Europa.
© Getty Images
10:40 - 28/02/21 por Lusa
Desporto Futebol
Lançado pela Panenka, que edita uma revista mensal sobre futebol, "Sonhos do Euro" (em tradução livre) é o segundo livro sobre competições europeias deste autor, que em 2013 tinha lançado "Noites Europeias", com João Nuno Coelho.
Natural do Porto e licenciado em jornalismo, Miguel Lourenço Pereira conta à Lusa que o livro surgiu de uma conjugação de fatores, porque, se é "em parte filho da pandemia", que lhe permitiu voltar a escrever e também adiou o Euro2020 para este verão, também resulta dessas "Noites Europeias" e de um outro livro que lançou, sobre Mundiais.
Então, era sobre competições europeias de clubes, aqui de seleções, mas "a abordagem é muito parecida", porque é uma obra "sobre o que é a Europa como continente", misturando o desporto com economia, política e sociedade.
Seguiu-se um longo período de investigação e viu todos os jogos de todas as edições, desde 1960, com a exceção de dois, dessa mesma edição inaugural, por não estarem acessíveis.
Assim, o resultado é um "casamento constante" do futebol com outras valências, até porque, diz, não entende esta modalidade "como um fenómeno exclusivamente desportivo, mas como o que melhor representa a sociedade ocidental".
"É o que melhor representa as evoluções que fomos vivendo como povos. O futebol é esse espelho, onde se reveem todas as metamorfoses políticas, a nível económico, a nível cultural, um apartado muito esquecido, e o futebol faz parte dessa dinâmica. É impossível falar apenas dos jogos, estão constantemente interligados", atira.
Em cada capítulo, o futebol dá as mãos à política de um continente, à sua evolução social e cultural, e vai descrevendo "que Europa era aquela", do período de apenas quatro equipas, o sonho do seu criador, Henri Delaunay, até ao pós-80, com uma abertura que vai "do impacto da revolução estética das camisolas" no final dessa década, à forma como "o futebol ajudou muitíssimo ao projeto da União Europeia (UE)".
"Não é um relato jogo a jogo, é um livro de histórias, protagonistas, episódios, coisas que não são muito faladas. É um livro onde se fala de Portugal no Euro84, tanto de Chalana como de Variações, pelo peso na cultura portuguesa que estava a abrir-se depois de tantos anos de fascismo", exemplifica, lembrando ainda a Irlanda no Euro88, que numa altura marcada pelo IRA mostrou "adeptos alegres, por oposição ao hooliganismo inglês".
O processo de renovação de Comunidade Económica Europeia (CEE) para UE também se dá ao lado de um Europeu e de uma Taça dos Campeões Europeus, como o 'desmontar' do bloco soviético trouxe "muitos países que achavam mais importante aceder à UEFA do que à ONU, porque sentiam que o futebol lhes daria uma legitimidade".
"Por isso é que há depois a expansão de seleções, a Europa tem necessidade de dar voz a esses países e identidades culturais. É impossível olhar para a Europa e não ver o mapa da evolução do continente que fomos nos últimos 60 anos", resume.
Para a frente, uma possível segunda edição do livro poderá já contemplar a edição deste ano do Campeonato da Europa, disputado num novo formato, espalhado pelo continente, mesmo que esta tentativa esteja 'ameaçada' pela pandemia de covid-19.
O que fica evidente nesta ideia, diz o autor, é "a forma como a UEFA olha para o Europeu", com uma mudança histórica que foi acontecendo sobretudo no século XXI, com a chegada das novas tecnologias, das redes sociais e a aproximação à própria Liga dos Campeões.
"Com a abertura a mais seleções, ficou claro que a UEFA queria uma festa da Europa. Pode parecer que desvaloriza a competição, mas como o torneio demonstrou, com a surpresa da Islândia, há muita riqueza e muitos países também merecem ser felizes. Deu uma sensação de que os Europeus vão deixar de ser o que foram de muitos anos, a elite, para ser uma celebração continental", comenta.
O Euro marcado para o verão, de resto, "casa com esse conceito", por representar, em termos conceptuais, "o derrubar oficial da ideia de que há fronteiras na Europa", algo que se encontra com o primeiro dos sonhos da prova, de Delaunay, que queria "um torneio num continente permanentemente dividido e em guerra entre si mesmo", para o unir "à volta de uma bola de futebol".
O prefácio do livro, de resto, pertence a um homem com muitas histórias no torneio, o espanhol Vicente del Bosque, jogou no Euro80 e ganhou o Euro2012 já como selecionador de Espanha, um "orgulho muito grande" para o português.
"A história do campeonato da Europa também é uma parte da história recente da Europa como continente, e ajuda a entender a sua união. O futebol serve para isso", escreve nesse texto o técnico.
De resto, a possibilidade de ser editado no país de origem está em aberto, mesmo que haja, sobretudo, interesse no Brasil, através da Corner, e no Reino Unido, com Portugal a ter uma cultura de literatura desportiva "pouco explorada".
Portugal, de resto, surge naturalmente na obra, seja via Chalana ou pelas várias gerações que comprovam que este é "um país de Europeus", em algo que vai "culminar no golo do Éder", corolário de sucesso numa prova "que diz muito aos portugueses".
Se a vitória no Euro2016 apresenta "um fiel reflexo de um país que nunca deixou de lutar" e "um dos muitos sonhos concretizados" na história do Campeonato da Europa, o Euro2004, que se realizou em Portugal e que viveu intensamente, acabou por ser um torneio que marcou "um ponto de viragem", da estética e do romantismo para uma perspetiva mais resultadista, um futebol mais físico e um período em que o coletivo acabou por fazer a força, "pela técnica, como a Espanha, ou sacrifício, como a Grécia e Portugal".
Da sinopse, que cita Paul Auster e o futebol como "milagre que permitiu à Europa odiar-se sem se destruir", fica uma passagem sonhadora que permeia a obra: "Porque os sonhos de Delaunay, Panenka, Charisteas, Aragonés ou Éder, no fundo, são também os nossos sonhos".
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Clube | J | PTS | |||
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1 | Sporting CP | 29 | 77 | ||
2 | Benfica | 29 | 70 | ||
3 | FC Porto | 29 | 59 | ||
4 | Braga | 29 | 59 | ||
5 | Guimaraes | 29 | 57 | ||
6 | Moreirense | 29 | 43 | ||
7 | Arouca | 29 | 43 | ||
8 | FC Famalicao | 29 | 35 | ||
9 | Casa Pia | 29 | 32 | ||
10 | SC Farense | 29 | 31 | ||
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13 | Estoril | 29 | 29 | ||
14 | Gil Vicente | 29 | 28 | ||
15 | Estrela | 29 | 28 | ||
16 | Portimonense | 29 | 27 | ||
17 | GD Chaves | 29 | 22 | ||
18 | Vizela | 29 | 21 |
Clube | J | PTS | |||
---|---|---|---|---|---|
1 | Real Madrid | 31 | 78 | ||
2 | Barcelona | 31 | 70 | ||
3 | Girona | 31 | 65 | ||
4 | Atlético Madrid | 31 | 61 | ||
5 | Athletic Club | 31 | 57 | ||
6 | Real Sociedad | 31 | 50 | ||
7 | Valencia | 31 | 47 | ||
8 | Real Betis | 31 | 45 | ||
9 | Villarreal | 31 | 39 | ||
10 | Getafe | 31 | 39 | ||
11 | Osasuna | 31 | 39 | ||
12 | Las Palmas | 31 | 37 | ||
13 | Sevilla | 31 | 34 | ||
14 | Alavés | 31 | 32 | ||
15 | Mallorca | 31 | 31 | ||
16 | Rayo Vallecano | 31 | 31 | ||
17 | Celta Vigo | 31 | 28 | ||
18 | Cádiz | 31 | 25 | ||
19 | Granada | 31 | 17 | ||
20 | Almería | 31 | 14 |
Clube | J | PTS | |||
---|---|---|---|---|---|
1 | Manchester City | 32 | 73 | ||
2 | Arsenal | 32 | 71 | ||
3 | Liverpool | 32 | 71 | ||
4 | Aston Villa | 33 | 63 | ||
5 | Tottenham Hotspur | 32 | 60 | ||
6 | Newcastle United | 32 | 50 | ||
7 | Manchester United | 32 | 50 | ||
8 | West Ham United | 33 | 48 | ||
9 | Chelsea | 31 | 47 | ||
10 | Brighton & Hove Albion | 32 | 44 | ||
11 | Wolverhampton Wanderers | 32 | 43 | ||
12 | Fulham | 33 | 42 | ||
13 | AFC Bournemouth | 32 | 42 | ||
14 | Crystal Palace | 32 | 33 | ||
15 | Brentford | 33 | 32 | ||
16 | Everton | 32 | 27 | ||
17 | Nottingham Forest | 33 | 26 | ||
18 | Luton Town | 33 | 25 | ||
19 | Burnley | 33 | 20 | ||
20 | Sheffield United | 32 | 16 |
Clube | J | PTS | |||
---|---|---|---|---|---|
1 | Internazionale | 32 | 83 | ||
2 | AC Milan | 32 | 69 | ||
3 | Juventus | 32 | 63 | ||
4 | Bologna | 32 | 59 | ||
5 | AS Roma | 31 | 55 | ||
6 | Atalanta | 31 | 51 | ||
7 | Lazio | 32 | 49 | ||
8 | Napoli | 32 | 49 | ||
9 | Torino | 32 | 45 | ||
10 | Fiorentina | 31 | 44 | ||
11 | Monza | 32 | 43 | ||
12 | Genoa | 32 | 39 | ||
13 | Lecce | 32 | 32 | ||
14 | Cagliari | 32 | 31 | ||
15 | Udinese | 31 | 28 | ||
16 | Hellas Verona | 32 | 28 | ||
17 | Empoli | 32 | 28 | ||
18 | Frosinone | 32 | 27 | ||
19 | Sassuolo | 32 | 26 | ||
20 | Salernitana | 32 | 15 |
Liga Campeões
|
Liga Europa
|
Despromoção
|
---|
Jogador | Golos | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | Viktor Gyokeres | 22 | |||
2 | Simon Banza | 21 | |||
3 | Rafa Mújica | 19 | |||
4 | Héctor Hernández | 14 | |||
5 | Jhonder Cádiz | 13 | |||
6 | Samuel Essende | 13 | |||
7 | Paulinho | 12 | |||
8 | Rafa Silva | 12 | |||
9 | Cristo Gonzalez | 12 | |||
10 | Evanilson | 11 |
Jogador | Golos | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | Artem Dovbyk | 17 | |||
2 | Jude Bellingham | 16 | |||
3 | Ante Budimir | 16 | |||
4 | Borja Mayoral | 15 | |||
5 | Alvaro Morata | 14 | |||
6 | Alexander Sorloth | 14 | |||
7 | Gorka Guruzeta | 13 | |||
8 | Antoine Griezmann | 13 | |||
9 | Robert Lewandowski | 13 | |||
10 | Samuel Omorodion Aghehowa | 1 |
Jogador | Golos | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | Cole Palmer | 20 | |||
2 | Erling Braut Haland | 20 | |||
3 | Ollie Watkins | 19 | |||
4 | Alexander Isak | 17 | |||
5 | Mohamed Salah | 17 | |||
6 | Dominic Solanke | 17 | |||
7 | Son Heung-Min | 15 | |||
8 | Jarrod Bowen | 15 | |||
9 | Phil Foden | 14 | |||
10 | Bukayo Saka | 14 |
Jogador | Golos | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | Lautaro Martínez | 23 | |||
2 | Dusan Vlahovic | 15 | |||
3 | Victor Osimhen | 13 | |||
4 | Olivier Giroud | 13 | |||
5 | Albert Thor Gudmundsson | 13 | |||
6 | Paulo Dybala | 12 | |||
7 | Duvan Zapata | 12 | |||
8 | Hakan Calhanoglu | 11 | |||
9 | Teun Koopmeiners | 11 | |||
10 | Marcus Thuram | 11 |
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