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Tate Britain anuncia os artistas que vão receber bolsas do Prémio Turner

A organização do Prémio Turner, uma das mais importantes distinções mundiais da arte contemporânea, anunciou hoje os nomes dos dez artistas que vão receber uma bolsa de 10 mil libras (cerca de 11 mil euros), em substituição do galardão.

Tate Britain anuncia os artistas que vão receber bolsas do Prémio Turner
Notícias ao Minuto

12:35 - 02/07/20 por Lusa

Cultura Prémios

De acordo com um comunicado divulgado pela Tate Britain, os artistas selecionados pelo júri são Liz Johnson Artur, Oreet Ashery, Shawanda Corbett, Jamie Crewe, Sean Edwards, Sidsel Meineche Hansen, Ima-Abasi Okon, Imran Perretta, Alberta Whittle e a organização Arika.

No final de maio, a Tate Britain tinha anunciado que, devido às restrições causadas pela pandemia da covid-19, este prémio anual, no valor de 40 mil libras (cerca de 48 mil euros), não seria entregue como habitualmente, mas transformado em bolsas de criação para dez artistas.

Com a contribuição de vários mecenas, o valor acabou por ascender a 100 mil libras (quase 112 mil euros), para distribuir aos artistas "neste período de profunda perturbação e incerteza", justificou, na altura, a instituição britânica.

Desde a cerâmica ao cinema, da 'performance' à fotografia, o trabalho destes artistas "representa entusiasmantes e interdisciplinares formas de expressão", sublinha a Tate, no comunicado.

"Estas bolsas significam um voto de confiança aos artistas e um merecido apoio em tempos muito desafiantes", sustenta ainda.

Arika é uma organização focada no caráter político e social das artes, com base em Edimburgo, e cujos projetos apoiam ligações entre a arte e a mudança social.

Liz Johnson Artur é uma fotógrafa de ascendência ganeso-russa, com base em Londres, que tem passado os últimos 30 anos a fotografar a vida de africanos na diáspora.

Oreet Ashery também trabalha em Londres em projetos multidisciplinares sobre género, biopolítica e comunidade, enquanto Shawanda Corbett tem base em Oxford, onde as suas cerâmicas e pinturas questionam as ideias sobre o corpo.

Em Glasgow, o artista e cantor Jamie Crewe usa o vídeo, escultura e desenho para falar sobre poder, identidade, comunidade e História, enquanto Sean Edwards, artista residente em Cardiff, usa pequenas esculturas e vários media para criar instalações sobre histórias pessoais de família.

Também em Londres, Sidsel Meineche Hansen investiga a forma como os corpos virtuais humanos e robóticos são hoje manipulados numa sociedade altamente orientada para a tecnologia.

Por seu turno, Ima-Abasi Okon, cuja atividade se divide entre Londres e Amesterdão, trabalha em escultura, vídeo e som para criar instalações, sobre tecnologia e industrialização, e Imran Perretta, residente em Londres, reflete sobre marginalidade em filmes, poesia e performances.

Alberta Whittle, que divide a sua atividade entre Barbados, a Escócia e África do Sul, aborda as questões da diáspora, colonialismo e escravatura em colagens, vídeo, escultura e fotografia.

As bolsas deste ano foram atribuídas pelo júri com base nos mesmos critérios das exposições realizadas pelos artistas, no quadro do regulamento do prémio.

Os membros do júri foram o curador do Instituto de Artes Contemporâneas Richard Birkett, a diretora do Centro BALTIC para a Arte Contemporânea, Sarah Munro, o diretor da Bienal de Liverpool, Fatos Üstek, e ainda o curador e designer Duro Olowu.

O Prémio Turner para as artes visuais foi criado em 1984 com o nome do pintor William Turner (1775-1851) e é atribuído anualmente a artistas nascidos ou a residir no Reino Unido, com base no trabalho desenvolvido no ano anterior.

No ano passado, os quatro finalistas - Lawrence Abu Hamdan, Helen CammockTai Shani e Oscar Murillo -- decidiram de forma inédita reunir-se num coletivo, a quem o prémio foi atribuído.

De acordo com a organização, o Prémio Turner regressará ao seu formato de exposição em 2021.

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