Sindicato quer 2 ME aplicados à Cultura com "medidas universais"
O Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) incitou hoje o Governo a disponibilizar "a todos" os profissionais da Cultura os dois milhões de euros anunciados para apoiar o setor.
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Cultura Covid-19
Em comunicado divulgado hoje, dias depois de se ter reunido com a ministra da Cultura, Graça Fonseca, o CENA-STE apela à tutela para que aplique aquela verba, com "medidas universais".
"Consideramos que este valor é obviamente paliativo e insuficiente, mas ajudaria a minimizar, no imediato, as consequências" da paralisação do setor por causa da pandemia da doença covid-19.
Dos dois milhões de euros elencados pelo CENA-STE, metade diz respeito ao fundo de emergência anunciado pela ministra da Cultura para ajudar artistas e estruturas completamente desprotegidas de apoios financeiros.
A outra metade do valor refere-se à verba para a concretização do evento TV Fest, em parceria com a RTP, que envolveria algumas dezenas de músicos e técnicos e cuja concretização foi hoje suspensa por Graça Fonseca.
Para o sindicato, nenhuma das medidas até agora apresentadas pelo Ministério da Cultura "é universal, direta e imediata".
"E nenhuma responde à necessidade urgente de garantir o sustento de dezenas de milhares de trabalhadores da cultura que se encontram impedidos de trabalhar", lamenta o sindicato.
O CENA-STE realizou um inquérito ao setor e apresentou os resultados à ministra da Cultura, indicando que 98% dos trabalhadores inquiridos tiveram trabalho cancelado por causa das medidas restritivas para conter a pandemia.
Em termos financeiros, para as 1.300 pessoas que responderam ao questionário, as perdas por trabalhos cancelados representam ainda dois milhões de euros, apenas para o período de março a maio deste ano, de acordo com o CENA-STE (o que indica a perda de um valor médio de receita, por trabalhador, de cerca de 1.500 euros).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes, mais 29 do que na véspera (+7,6%), e 13.956 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 815 em relação a quarta-feira (+6,2%).
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