Solidariedade com Notre-Dame na cerimónia de entrega do prémio Pritzker
O Prémio Pritzker/2019 foi atribuído na sexta-feira, no Palácio de Versalhes, ao arquiteto japonês Arata Isozaki, numa cerimónia marcada pela solidariedade de arquitetos de todo o mundo com a catedral de Notre-Dame.
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Cultura Palácio de Versalhes
"Devemos construir, preencher o vazio que foi destruído", afirmou o presidente da Fundação Hyatt, Tom Pritzker.
Sobre Arata Isozaki, Pritzker recordou que o arquiteto, urbanista e investigador japonês, de 87 anos, tinha apenas 13 quando bombas atómicas atingiram Hiroshima e Nagasaki.
Este arquiteto mostrou "a força da sua resiliência", querendo "construir e construir de novo", afirmou.
Nascido em Oita, na ilha de Kyushu, no sul do Japão, em 1931, Isozaki começou a destacar-se como arquiteto durante a reconstrução do após Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Arquiteto versátil, no início da década de 1960 tornou-se o primeiro arquiteto japonês a forjar uma "relação profunda e duradoura entre Oriente e Ocidente", afirmou, em março, o júri, aquando do anúncio.
Stephen Breyer, presidente do júri, saudou o anúncio do Presidente francês, Emmanuel Macron, de restaurar Notre-Dame em cinco anos, admitindo que tinha "sentido a esperança renascer", enquanto que "um grande vazio tinha sido criado no coração de Paris".
A catedral encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, em 15 de abril, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto.
A origem acidental do incêndio, um curto-circuito, continua a ser privilegiada. Mas de momento a causa não está esclarecida, e os resíduos calcinados deverão ser analisados ao pormenor para detetar o menor indício.
As contribuições para a reconstrução da catedral excederam já os 800 milhões de euros, de anónimos ao Banco Central Europeu, à Apple, à petrolífera Total ou ás famílias Pinault e Arnault, entre muitos outros.
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