Federico León regressa ao FITEI com uma narrativa em "quebra-cabeças"
O dramaturgo e encenador argentino Federico León regressa ao Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI) com 'Yo Escribo.Vos Dibujás', com estreia marcada para quinta-feira, numa exploração de um "quebra-cabeças" que se vai compondo e unindo a narrativa.
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Cultura Teatro
Depois de mostrar 'Las Ideas' em 2016, o argentino esteve por duas vezes em residência artística no Porto, resultando agora nesta peça cuja estreia mundial teve lugar no Teatro Nacional Cervantes, em Buenos Aires.
No Porto, o espetáculo é exibido quinta e sexta-feira pelas 21:00 no Mosteiro São Bento da Vitória, com cenografia de Ariel Vaccaro e música de Diego Vainer a contribuir para uma obra em que o espectador "entra num espaço em que se desenrolam e convivem múltiplas situações e jogos", segundo a apresentação.
"Uma série de mensagens que circulam de mão em mão assinalam um percurso possível. Funcionam como peças de um grande quebra-cabeças; uma trama que vai unindo o que antes funcionava de forma fragmentária", lê-se.
Em palco, e unindo Claudia Schijman, Felipe Boucau e 23 intérpretes locais, estará "uma escola onde se levam a cabo práticas que combinam rituais, jogos de infância, recordações, fragmentos de sonhos".
Entre a instalação e a performance coreográfica, Luciana Lara leva ao Palácio do Bolhão, na quarta e quinta-feira, "e Carne e Concreto", que reflete "sobre a condição urbana atual sob a perspetiva do corpo" e mistura performance, dança, intervenção e artes visuais.
Na sexta-feira, o Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery recebe a estreia nacional de 'Há Mais Futuro que passado', de Daniele Avila Small, um "documentário de ficção sobre o lugar da mulher latino-americana na história da arte".
Com as atrizes Clarisse Zarvos, Cris Larin e Tainah Longras, pergunta-se qual "o lugar da mulher latino-americana na história da arte", enquanto a Companhia Hiato apresenta, no sábado, o espetáculo de encerramento, "Odisseia".
Com cerca de cinco horas de duração, o espetáculo parte da obra de Homero para que os atores possam "recontar odisseias pessoais e coletivas, oscilando entre a realidade e a fantasia".
"A Companhia Hiato convida o público a tomar o lugar do protagonista ausente Odisseu e navegar por diferentes ilhas", explica a produção, sendo que a mistura entre o normal e o heróico é misturado, "porque, depois de tudo dito e feito, podemos igualmente ser ordinários e míticos".
Dentro do programa formativo do FITEI, nota para uma oficina de teatro documental de Daniele Avila Small, ancorada no espetáculo incluído na programação, na quarta e quinta-feira no Rivoli, com a criadora a apresentar o livro com o texto da peça no sábado, na Confraria Vermelha-Livraria de Mulheres.
O FITEI, que este ano se juntou ao Festival Dias Da Dança (DDD) e arrancou com uma semana 'partilhada', e especialmente dedicada a programadores internacionais, prossegue até 25 de maio, com o tema 'Brasil Descolonizado'.
Nos destaques da programação nacional estão as residências artísticas da Circolando ('São Vito') e Raquel André ('Coleção de Artistas'), além da apresentação de 'Don Juan Esfaqueado na Avenida da Liberdade', de Pedro Gil ou 'Pela Água', produção da companhia A Turma com texto e encenação de Tiago Correia.
Um dia antes da apresentação da peça, na terça-feira, no Teatro Campo Alegre, A Turma exibe, no mesmo local, o filme 'Ela', numa parceria com a Medeia Filmes.
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