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Os Músicos do Tejo tocam no Porto 'Veneza e os Limites da Moralidade'

As "forças musicais, anticlericais, lascivas e literárias por trás do aparecimento da ópera e do feminismo" são tema do concerto de quinta-feira d'Os Músicos do Tejo, no Porto.

Os Músicos do Tejo tocam no Porto 'Veneza e os Limites da Moralidade'
Notícias ao Minuto

18:02 - 18/12/18 por Lusa

Cultura Concerto

A atriz Luísa Cruz junta-se a Os Músicos do Tejo, sob a direção musical de Marcos Magalhães e Marta Araújo, na apresentação, no Teatro Nacional de S. João, no Porto, do concerto 'Veneza e os Limites da Moralidade'.

Segundo comunicado do agrupamento musical, este concerto, é constituído por obras de Alessandro Stradella, Claudio Monteverdi e Orlando di Lssso, entre outros, conta com textos de autores italianos, como Arcangela Tarabotti, e aborda "as forças musicais, anticlericais, lascivas e literárias por trás do aparecimento da ópera e do feminismo".

Constituem Os Músicos do Tejo, neste concerto, os cantores líricos Clint van der Linde (alto), Arthur Filemon (alto), Carlos Monteiro (tenor), Frederico Projecto (tenor), Tiago Mota (baixo) e os músicos Juan Carlos de Mulder (tiorba) e Marta Araújo (cravo), sendo a atriz Luísa Cruz, a narradora.

Além de Stradella, Monteverdi e de Orlando di Lasso, serão também interpretadas obras de Cipriano de Rore e de Didier Lupi Second, e lidos textos de Arcangela Tarabotti, Antonio Rocco e Ferrante Pallavicino, traduzidos para português por Pedro Braga Falcão. A direção musical está a cargo do cravista Marcos Magalhães.

"Neste programa, propomos uma leitura particular do contexto social imbuído nos poemas e nas músicas interpretadas, no seu ambíguo léxico de referências: mais do que uma relação texto-música, procuramos uma relação contexto-música, matizando a performance musical de compositores como Monteverdi, Orlando di Lasso, Stradella, Cipriano de Rore, com a leitura dramatizada de textos originais da época", explica em nota o agrupamento.

Sobre os textos, destacam Os Músicos do Tejo, "a lucidez de uma freira que denuncia a tirania do pai e a desprezível inferioridade dos homens ('Semplicita ingannata', de Arcangela Tarabotti), passando pela lassidão de costumes de 'La Retorica delle Puttane', de Ferrante Pallavicino, até ao pornográfico e escandaloso 'L'Alcibiade fanciullo a scola', de Antonio Rocco".

Realçam Os Músicos do Tejo que "o Renascimento é, para a História da Música, um período de intensa revolução", referindo que, "de todas as cidades italianas que tiveram a sua parte nesta 'revolução', a República de Veneza ocupa um lugar próprio", pela "sua independência pelos mares, a sua liberdade e libertinagem, o seu fervor carnavalesco tão longe dos dogmas de Roma".

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