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Coreógrafa Clara Andermatt estreia 'Parece que o Mundo' a 22 de novembro

O espetáculo 'Parece que o Mundo', uma cocriação da coreógrafa Clara Andermatt com o músico João Lucas, que fala do posicionamento do ser humano em relação ao mundo, estreia-se no dia 22 de novembro, no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa.

Coreógrafa Clara Andermatt estreia 'Parece que o Mundo' a 22 de novembro
Notícias ao Minuto

16:05 - 07/11/18 por Lusa

Cultura Lisboa

O espetáculo tem direção de Clara Andermatt, cenografia de Artur Pinheiro e figurinos de Ana Direito, desenho de luz de José Álvaro Correia e banda sonora eletrónica de Jonas Runa.

Na interpretação estão Ana Moreno, Felix Lozano, Gil Dionísio, Joana Guerra, João Madeira, Jolanda Löellmann, e Liliana Garcia.

Em declarações à agência Lusa, Clara Andermatt indicou que a nova peça coreográfica 'Parece que o Mundo', é inspirada no livro 'Palomar', de Italo Calvino.

"Fala da relação de nós próprios com os outros, e com o que nos rodeia. Fala do nosso posicionamento em relação à nossa integração como indivíduos no mundo", relatou.

De acordo com a coreógrafa, o livro já era falado há muito pelo músico João Lucas: "Eu já tinha lido este livro e resolvemos partir dele como uma inspiração".

"O livro é de uma grande riqueza de linguagem, de metáforas, de imagens sonoras, de movimento, de luz. É uma descrição do mundo na sua vertente mais ampla da relação com o universo, com o infinito, até ao detalhe mais minucioso", descreveu.

Nesta 14.ª criação em que trabalha com João Lucas, acabaram por ir "um bocadinho mais longe nas experiências criativas, de ter um esbater dessas fronteiras de quem faz a música, e quem faz o movimento".

"Eu entrei muito no campo musical, de ideias, e o João entra bastante no campo coreográfico", apontou, acrescentando que esta peça tem um elenco de quatro bailarinos e três músicos, "e todos vão navegando neste ambiente performático que não desassocia uma coisa da outra".

Clara Andermatt salientou que 'Parece que o Mundo' foi uma criação "lançada desde o início com o princípio de se basear nessa premissa de interligação muito profunda", entre o movimento e a música.

Por seu turno, João Lucas, também em declarações à agência Lusa, apontou que, desde o início, o foco da relação entre música e dança tem vindo de peça para peça a estreitar-se", ao longo das já catorze colaborações.

"A Clara Andermatt sempre foi uma coreógrafa com uma atenção muito particular pela expressão musical e a relação entre o tema coreográfico, o movimento e o universo musical", acrescentou.

Sublinhou ainda, que "cada obra tende a procurar novos territórios, a não repetir o que foi feito, e as peças são todas bastante diferentes umas das outras".

Em palco, todos os intérpretes -- quatro mulheres e três homens - "são, de forma tendencialmente indistinta, performers cujas especialidades tendem a diluir-se numa linguagem híbrida", acompanhada por um violino, um violoncelo e um contrabaixo, segundo a companhia.

Clara Andermatt nasceu em Lisboa, em 1963, estudou dança com Luna Andermatt e graduou-se pelo London Studio Centre e pela Royal Academy of Dancing, em Londres.

Fez parte, entre 1984 e 1988, da Companhia de Dança de Lisboa, dirigida por Rui Horta, e, em 1989-91, da Companhia Metros, em Barcelona, com direção de Ramón Oller.

Com companhia própria desde 1991, criou e produziu numerosas obras, entre as quais 'Dançar Cabo Verde' (1994), 'Anomalias Magnéticas' (1995), 'Cemitério Dos Prazeres' (1996), 'Natural' (2005), 'Hot Spot' (2006), 'E Dançaram Para Sempre' (2007), 'Meu Céu' (2008) e 'Void' (2009).

João Lucas nasceu em 1964, em Lisboa, é pianista, compositor e pesquisador, tendo-se graduado em piano no Conservatório Nacional de Lisboa. Participou, como compositor, em mais de setenta peças de teatro e dança.

Radicado em Brasília desde 2010, é mestre em Artes pela Universidade de Brasília, na linha de pesquisa de Processos Composicionais para a Cena.

O espetáculo é produzido pela ACCCA - Companhia Clara Andermatt, com o apoio de O Espaço do Tempo, Musibéria, Estúdios Victor, Jazzy Dance Studios, Playbowling de Cascais, numa coprodução do São Luiz Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto e Cine-Teatro Louletano.

A estreia está prevista para os dias 22, 23 e 25 de novembro, no São Luiz, com circulação prevista para 2019, no Teatro Municipal do Porto.

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