Promovido pelo município e pela Fundação Ammaia, aquela antiga cidade romana classificada como Monumento Nacional em 1949, vai acolher nos dias 23 e 24 deste mês a segunda edição do festival 'Ammaia Festum', para dar a conhecer o período romano.
"A Cidade Romana de Ammaia é um ex-líbris, com um enorme potencial, pode dar um grande contributo ao concelho na área do turismo e este festival é um bom contributo", afirmou o presidente do município de Marvão, Luís Vitorino, em declarações à agência Lusa.
Apontada como "o mais importante vestígio da sua época" existente na zona e cuja área central é constituída pela Quinta do Deão e pela Tapada da Aramenha, com cerca de 25 hectares, a antiga cidade romana encontra-se nesta altura numa fase de "expansão".
"Queremos dar a conhecer o potencial que ali está ainda por descobrir, a Cidade Romana de Ammaia ainda não se afirmou, tem um potencial superior, uma estrutura de cidade muito grande que vai para além das ruínas", disse.
A segunda edição do "Ammaia Festum" arranca no dia 23 pelas 17:00 com um mercado de rua, espetáculos de recriação histórica romana, acampamentos de legionários, lutas de gladiadores, figuras mitológicas e espetáculos de comédia, música e dança.
Pelas 18:00, os visitantes vão poder assistir ao 'Modus Vivendi Ammaiensis', (uma visita guiada ao museu e ruínas, com momentos de recriação do quotidiano da cidade romana).
O ponto alto do primeiro dia do festival está guardado para o espetáculo 'NOX, a Deusa da Noite', com início às 21:30, e um concerto com o grupo Albaluna.
No segundo e último dia do festival, além das recriações históricas, a partir das 15h00, e das visitas guiadas ao museu e ruínas, o principal destaque vai para o espetáculo 'Munera Gladiatora'.
As ruínas da Cidade Romana de Ammaia estiveram abandonadas até finais de 1994, quando começaram as primeiras escavações arqueológicas sistemáticas.
Três anos depois, a Fundação Cidade de Ammaia assumiu os trabalhos de estudo, escavação e de preservação do que resta da antiga cidade romana.
Da fundação, cujo presidente do conselho de curadores é Carlos Melancia, fazem parte entidades como a Câmara Municipal de Marvão e a Universidade de Évora.