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Uma centena de camas: Leiria aumenta apoio para refugiados

O Município de Leiria assinou hoje um protocolo com a AMITEI - Associação de Solidariedade Social de Marrazes, a empresa Secil e o Seminário Diocesano, aumentando a resposta de alojamento para refugiados ucranianos para cerca de 100 camas.

Uma centena de camas: Leiria aumenta apoio para refugiados
Notícias ao Minuto

14:37 - 04/04/22 por Lusa

Casa Ucrânia

No Estádio Municipal de Leiria, onde os camarotes estão lotados, com 54 refugiados, foi também assinado um protocolo entre o Instituto de Segurança Social e a AMITEI, que permitirá dar apoio ao nível das refeições e toda a logística envolvente.

No bairro da cimenteira da Secil, na freguesia da Maceira, no concelho de Leiria, estão alojados mais 17 refugiados. No âmbito do protocolo, o Seminário Diocesano de Leiria vai disponibilizar cerca de 30 camas, estando neste momento o espaço a ser mobilado.

A vice-presidente do Instituto da Segurança Social, Catarina Marcelino, explicou que o protocolo prevê o apoio a 70 pessoas, garantindo que os refugiados têm "cama, comida, roupa lavada -- como dizem os portugueses - e apoio social".

"Nós financiamos 600 euros por pessoa para garantir que a AMITEI tem condições para oferecer esta resposta", acrescentou, ao referir que o próximo passo é a integração no mercado de trabalho, que está a ser preparado em conjunto com o Instituto do Emprego e Formação Profissional.

O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, afirmou que "mais importante do que os equipamentos disponíveis é o trabalho de integração".

"Leiria assume a disponibilidade como concelho e região, com instituições, empresas e hospitais e centros de saúde, que abraçam este desígnio, importantes para criar uma rede", acrescentou.

Salientando a "capacidade de resposta" e a "solidariedade" da população portuguesa e de Leiria, em particular, o autarca afirmou que o município está a trabalhar para "fazer o melhor possível na integração" de todos, para que "tenham uma vida o mais normal possível".

Gonçalo Lopes acrescentou que "gradualmente" vai ser dada resposta nas áreas da educação, localização, habitação e emprego, para que possam "viver sem ter este desconforto" de estar num local temporário.

O presidente da AMITEI, Fernando Vendeirinho, referiu que a instituição quis desde logo "estar na primeira linha" da frente no "acolhimento, apoio e integração aos refugiados" que chegam à região de Leiria.

"De imediato se constituiu a equipa para operar no local de acolhimento e a logística necessária ao fornecimento diário de produtos alimentares e das refeições diárias. Foi constituída uma equipa técnica para apoio e acompanhamento -- uma educadora social e um psicólogo -, coadjuvada por duas auxiliares de serviços gerais. Estando a AMITEI ainda aberta ao reforço da equipa, se assim as entidades públicas o entenderem", adiantou.

O dirigente associativo revelou ainda a disponibilidade para receber ucranianos nos seus quadros de pessoal, tal como já sucede com uma pessoa.

À margem do evento, Ana Valentim, vereadora da Ação Social da Câmara de Leiria, disse à Lusa que quatro refugiados estão identificados para começarem a trabalhar e "durante esta semana" a autarquia prevê integrar as cerca de 18 crianças e jovens refugiados nas escolas do concelho.

"Gradualmente, vamos tentando a colocação no mercado de trabalho, o que é fundamental para a autonomia destas pessoas", salientou Ana Valentim.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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