A venda de casas anteriormente detidas aumentou 7% para uma taxa de 6,29 milhões de unidades em setembro, depois de ter caído pela primeira vez nos últimos 14 meses, em agosto, de acordo com os dados divulgados pela National Association of Realtors, a que CNBC teve acesso. Em agosto, as vendas foram 1,5% inferiores face ao período homólogo, recorde-se. No entanto, o economista-chefe da organização, Lawrence Yun, apontou para uma descida das taxas de juro implícitas no crédito habitação em agosto à boleia das transações. Isto porque a taxa média no fixo a 30 anos ficou abaixo dos 3% antes de voltar a subir de forma mais significativa no último mês.

A venda de habitações foram 2,3% inferiores às de setembro de 2020, sendo que os compradores de primeira casa representavam apenas 28% das vendas, o nível mais baixo desde julho de 2015. A oferta de casas para venda fechou setembro com  1,27 milhões de unidades, menos 13% do que há um ano. Isto representa uma oferta de 2,4 meses ao ritmo atual de vendas, escreve a CNBC.

A baixa oferta continuou a impulsionar os preços. O preço médio de uma casa vendida em setembro foi de 352.800 mil dólares (aproximadamente 303.171 mil euros no câmbio atual). Ou seja, mais 13,3% do que setembro de 2020.

"À medida que os programas de hipotecas terminam, e à medida que os construtores de casas aumentam a produção, apesar dos problemas materiais da cadeia de fornecimento, é provável que venhamos a ver mais casas no mercado logo em 2022", declarou Yun à CNBC.

Este preço médio é fortemente influenciado pela mistura de casas atualmente vendidas, pois as vendas de casas com preços entre 100 mil (86 mil euros) e 250 mil dólares (215 mil euros) foram 23% mais baixas em relação ao ano anterior, enquanto as vendas de casas com preços acima de 1 milhão de dólares (859 mil euros) foram 30% mais altas.

As vendas de casas recém-construídas em agosto, que são contabilizadas por contratos assinados e, por isso, seriam comparáveis aos números de vendas de setembro, foram 24% mais baixas em relação ao ano anterior. Já os preços das novas casas subiram 20%, à medida que os construtores lutam contra as questões de abastecimento e com os custos mais elevados para os terrenos, mão-de-obra e materiais.

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