Os preços das casas mantiveram-se “resilientes” na maioria dos países em 2020. Ao contrário do que se previa na fase inicial da pandemia em que "os preços das casas deveriam ter tido uma correção modesta em relação aos níveis do final de 2019", os valores das habitações não caíram. A conclusão é da agência de notação financeira DBRS, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira na nota “The Impact of Covid-19 on European Mortgage Performance – One Year On”.

“Os preços das casas permaneceram resilientes com a maioria dos mercados a subir ou a permanecerem estáveis, em vez de caírem, como se temia no início da pandemia”, refere a DBRS. No entanto, a procura por habitação permaneceu forte no ano passado, o que combinou com a disponibilidade dos bancos a emprestar para a compra de casa e com uma situação favorável de oferta e de procura habitacional que culminou os preços das casas na Europa.

"Como os preços das casas aumentaram na maioria dos mercados europeus durante 2020, uma queda em relação aos níveis do final de 2019, em relação aos valores atuais, poderia significar um preço significativo da habitação." Mas, isso tornou-se cada vez mais improvável.

Ainda assim, na mesma nota, a DBRS revela que, apesar da “incerteza económica” que ainda existe, “as piores expetativas foram evitadas”, quer no segmento imobiliário residencial quer no mercado do crédito à habitação.

A agência de notação financeira faz ainda notar que o contributo dos Governos apoiou (e muito) para mitigar as perdas de emprego e falências, bem como a adaptação das empresas ao teletrabalho e a adoção de moratórias bancárias.

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