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Cidades europeias à procura de soluções para aumentar a oferta de casas

Na europa, as cidades estão, cada vez mais, à procura de soluções para aumentar a oferta de habitações, uma vez que, têm vindo a assistir a uma subida dos preços das casas, impulsionada pelas baixas taxas de juro, escassez de terrenos e construções que não conseguem acompanhar o ritmo da procura.

Cidades europeias à procura de soluções para aumentar a oferta de casas
Notícias ao Minuto

11:05 - 12/05/21 por Notícias ao Minuto 

Casa Europa

Se o governo sueco conseguir fechar o aeroporto de Bromma, no extremo oeste de Estocolmo, por exemplo, será usado para construir cerca de 30 mil novas casas, ajudando assim a diminuir a escassez de moradias que elevou os preços na capital, avança a Reuters.

Mas a Suécia é só  um exemplo de como muitas grandes cidades europeias, estão, cada vez mais, há procura de maneiras inovadoras de aumentar a oferta de habitações e, em última análise, reduzir o aumento da dívida hipotecária que ameaça a economia em geral.

Uma vez que, vêm os preços das casas a subir há décadas, sejam impulsionadas pelas baixas de taxas de juro, seja pela escassez de terrenos, seja pela construção que não conseguem acompanhar o ritmo da procura.

Já em Berlim, o antigo aeroporto Tegel, que está fechado desde novembro do ano passado, despertou a atenção das autoridades. Intencionam construir mais de cinco mil apartamentos, estando sob estudo a possibilidade de serem imóveis destinada à habitação social.

"No médio prazo, precisamos de cerca de 200 mil apartamentos adicionais", disse o senador Sebastian Scheel, da Habitação de Berlim, em declarações à Reuters, acrescentando que metade desses apartamentos devem ser construídos pelo setor público e subsidiados de acordo com as regras de habitação social.

Os preços das casas em Berlim subiram 11% em relação ao ano passado, divulgou o site de pesquisa de propriedades residenciais, Global Property Guide. Mas é no arrendamento que surge o problema.

Apenas cerca de 17,4% da população alemã possui casa ou apartamento. Como um todo, na Alemanha, cerca de 50% da população arrenda e está exposta ao aumento dos arrendamentos.

Aumento dos preços dos imóveis disparou no ano passado

Apesar dos profundos efeitos da pandemia nas economias da Europa, levando a comparações com a crise financeira de 2008, os aumentos dos preços dos imóveis dispararam no ano passado.

A procura de trabalhadores em teletrabalho contribuiu também para o aumento dos preços, afirma a Reuters, enquanto o estímulo fiscal e monetário sem precedentes destinado a manter as economias só colocou mais lenha no fogo.

Em terras de sua majestade, os preços das casas britânicas registaram o  maior aumento mensal em mais de 17 anos no mês passado: "O que esperávamos ver era o mesmo de 2008, quando os preços caíram", revelou Kate Everett-Allan, chefe de pesquisa residencial internacional da consultoria imobiliária Knight Frank, à Reuters.

Estocolmo, Luxemburgo, Moscou e Bratislava registaram altas de dois dígitos nos últimos 12 meses, embora em Madrid, os preços desceram.

O banco suíço UBS destaca Munique, Frankfurt, Amesterdão, Paris e Zurique como cidades em risco de bolha imobiliária. Quatro das doze cidades europeias no Índice de bolha imobiliária global do UBS estão super valorizadas, incluindo Estocolmo, e apenas em Varsóvia, Milão e Madrid os preços dos imóveis foram razoáveis, revela a Reuters.

Esta semana, o banco central da Finlândia alertou sobre os níveis de endividamento das famílias, ecoando as preocupações do Riksbank da Suécia e de muitas outras autoridades europeias sobre a ameaça ao sistema financeiro.

Salienta ainda a Reuters que os níveis de endividamento das famílias nos países nórdicos estão entre os mais altos do mundo em relação à renda disponível, com base nos dados da OCDE.

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