Muitos jovens optam por manter o seguro do carro em nome dos pais. Mas uma solução que é vista como boa em termos de poupança pode vir a dar problemas… para a carteira.
Um trabalho desenvolvido pela DECO – associação de apoio ao consumidor – e pelo Diário Económico realça que também há riscos em manter o seguro do carro em nome de um dos progenitores.
As contas a fazer são claras: jovens com menos de 25 anos ou com menos de dois anos de carta de condução costumam estar sujeitos a prémios de seguro automóvel mais elevados. Não será por acaso que pelas estradas do país muitos jovens conduzam com o seguro do carro em nome do pai ou da mãe – que têm, pela maior experiência ao volante, direito a prémios mais baixos.
Mas esta estratégia pode ter o seu revés: em caso de sinistro, a seguradora pode dar início a um processo de averiguação e até concluir que foram prestadas falsas declarações. Neste cenário, é também possível pedir nulidade de contrato e recusar-se o pagamento da indemnização que seria devida.
Há no entanto seguradoras que adotam já outra estratégia que, na prática, traz outro indesejado alívio do peso da carteira. Algumas seguradoras aplicam uma franquia superior (por exemplo de 25%) quando percebem que o condutor responsável pelo acidente – o jovem, menos experiente – implica um risco superior ao do condutor declarado como habitual em termos de seguro, explica a mesma publicação.