O Grupo Volvo anunciou lucros líquidos de 25.092 milhões de coroas suecas de janeiro a setembro (2.258 milhões de euros). É uma descida de 37 por cento face ao mesmo período do ano passado.
Em causa está o Grupo Volvo, com sede em Gotemburgo (Suécia), e dedicado a veículos pesados, camiões e autocarros. A Volvo Cars é um negócio separado desde 1999, atualmente sob a alçada da chinesa Geely.
O grupo sueco Volvo registou um lucro bruto de exploração (ebitda) de 46,4 biliões de coroas, menos 25% do que no ano anterior, enquanto o lucro operacional caiu 32%, ao cifrar-se em 35,737 biliões de coroas, prejudicado pela queda nas vendas e pelo aumento dos custos.
A receita do grupo entre janeiro e setembro diminuiu 8,5% em relação ao ano anterior, para 355.379 milhões de coroas (31.984 milhões de euros), devido principalmente ao efeito negativo das taxas de câmbio e à queda da receita com a venda de camiões.
A divisão de camiões, a mais importante do grupo sueco, vendeu 146.228 unidades em todo o mundo, menos 9%, provocando uma diminuição de 10% da faturação para 238.134 milhões de coroas (21.432 milhões de euros).
As vendas de camiões diminuíram em todas as regiões geográficas, especialmente na América do Norte e na América do Sul, onde as entregas caíram 15% e 11%, respetivamente.
A divisão de veículos pesados para construção reduziu o volume de negócios em 5%, para 62.949 milhões de coroas (5.665 milhões de euros), apesar de ter vendido 43.693 unidades, mais 6% do que nos nove primeiros meses de 2024.
Em contrapartida, as entregas de autocarros diminuíram 9% em relação ao ano anterior, para 4.154 unidades, o que fez com que a receita caísse 2%, para 17,481 biliões de coroas.
O presidente executivo (CEO) da Volvo, Martin Lundstedt, alertou em comunicado para a atual fraqueza da procura nas regiões-chave e para a crescente incerteza no mercado norte-americano, que obrigará o grupo a aplicar um rigoroso controlo de custos.
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