Num processo de grandes dimensões, o Tribunal Superior de Londres começou esta segunda-feira a julgar alguns dos maiores fabricantes automóveis mundiais por alegada manipulação de emissões.
Segundo a agência Reuters, os cerca de 1,6 milhões de queixosos processam fabricantes rivais da Volkswagen, que há cerca de dez anos se viu envolvida num dispendioso caso semelhante - o 'Dieselgate'.
Espera-se que o julgamento se estenda até meados do próximo ano, sendo o maior processo coletivo da história inglesa e galesa - dizem os advogados dos proprietários, de acordo com a BBC.
Estão envolvidos proprietários de automóveis de diversas marcas, como a Citroën, Ford, Mercedes-Benz, Nissan, Peugeot e Renault, produzidos entre 2012 e 2017. O tribunal vai concentrar-se numa amostra de 20 veículos a diesel produzidos pelos cinco construtores.
Os denunciantes alegam que os carros terão instalado dispositivos manipuladores ilegais que garantiam que os níveis de óxido de nitrogénio se mantinham nos patamares legais durante os testes.
Segundo os advogados, as emissões eram, na realidade, muito mais altas no uso real em estrada, excedendo 12 vezes os limites em certos casos.
Esta segunda-feira em tribunal, ter-se-á alegado que os fabricantes envolvidos preferiram "enganar do que cumprir com a lei".
Em sua defesa, os fabricantes dizem que as queixas têm falhas. Alegam que, há algumas justificações para que os dispositivos de controlo das emissões sejam calibrados para funcionarem de forma diferente. Também negam que existam parecenças com o caso 'Dieselgate' da Volkswagen.
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