Um grave ataque informático no fim de agosto obrigou a Jaguar Land Rover a parar totalmente a produção durante mais de um mês. A quebra de receitas pode rondar mil e 500 milhões de libras (mais de mil e 700 milhões de euros).
A estimativa é adiantada pela publicação britânica Autocar, com base em preços médios e nos dados apresentados pela empresa esta semana - que mostram uma descida de 24,2 por cento na venda a concessionários entre junho e setembro, face ao mesmo período do ano anterior.
Foram vendidos menos 21.138 automóveis da Jaguar Land Rover, num total de 66.165. Já as venda a clientes diretos desceram 17,1 por cento (para um total de 85.495 exemplares).
Adrian Mardell, diretor-executivo da firma, referiu em comunicado que, até agosto, as expectativas estavam a ser cumpridas: "Foi um trimestre desafiante para a JLR. Nos primeiros dois meses, o nosso desempenho foi robusto e esteve em linha com as nossas expectativas, num contexto de redução planeada de modelos de legado da Jaguar e do impacto do aumento das tarifas dos EUA".
Surgiu, depois, o ataque informático, que tornou a tarefa da Jaguar Land Rover muito adversa no mês de setembro: "Temos estado a responder a um ciberataque, que parou a nossa produção. Desde então, trabalhámos com os retalhistas para dar prioridade à entrega dos nossos veículos aos clientes", observou Adrian Mardell.
Na passada terça-feira, 7 de outubro, foi anunciada a retoma gradual da produção. O processo começou no dia seguinte, em algumas das fábricas, estendendo-se progressivamente. No entanto, é expectável que os efeitos da interrupção da produção continuem a fazer-se sentir nas contas do quarto e último trimestre do ano.
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