Numa fase de transição energética para motorizações mais amigas do ambiente, a Ferrari também tem planos para introduzir mais automóveis elétricos nos próximos anos.
A estreia neste tipo de modelos faz-se em 2026 com o Ferrari Elettrica, cujos primeiros detalhes técnicos foram anunciados esta quinta-feira (9 de outubro).
Em comunicado, o histórico construtor de Maranello fez saber que, até 2030, quer que 20 por cento da sua gama seja totalmente elétrica. O restante será dividido entre motores de combustão tradicionais (40 por cento) e híbridos (40 por cento).
Estas metas foram definidas, segundo um comunicado, tendo em conta "o ambiente atual e a sua evolução esperada", e estão assentes numa abordagem focada no cliente.
Apesar da aposta na eletrificação - que começou já em 2009 - a Ferrari garantiu a continuidade de propulsores convencionais de combustão V6, V8 e V12 - pelo menos, por agora, já que a União Europeia ainda mantém a proibição de novos motores de combustão em 2035.
Também será introduzida pela Ferrari uma nova geração de interface humana sob o princípio de combinação de elementos analógicos e digitais ('phygital'). E, como não podia deixar de ser, continuará a encarregar-se da produção de componentes vitais para os automóveis, bem como a aproveitar a experiência adquirida nas corridas.
O investimento nos futuros carros desportivos da Ferrari vai ter em conta um conjunto de grandes áreas, assim especificadas pela empresa:
- Propulsão térmica
- Unidades motrizes elétricas
- Experiência, através de uma abordagem 'phygital'
- Materiais novos e inovadores, com vista à sustentabilidade, gestão de peso e aplicações específicas
O compromisso da Ferrari é reduzir pelo menos em 90 por cento das emissões de gases com efeito de estufa dos Âmbitos 1 e 2 até 2030, face aos valores de 2021. Entre 2021 e 2024, a redução rondou os 30 por cento. Quanto às emissões de Âmbito 3, são para reduzir em 25 por cento até 2030 por comparação com 2024, sendo que entre 2021 e 2024 foi conseguida uma descida de cerca de 10 por cento.
Há três áreas de ação para que as metas das emissões dos Âmbitos 1 e 2 sejam alcançadas: adquirir mais eletricidade renovável, instalação de novos painéis solares e aquisição de certificados de biometano. Já para as de Âmbito 3, a Ferrari irá dar primazia ao alumínio reciclado para produzir motores e chassis, para além de dar continuidade à colaboração com fornecedores e concessionários.
Leia Também: Ferrari Elettrica, o primeiro Ferrari elétrico, terá mais de 1.000 cv