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Ferrari Elettrica, o primeiro Ferrari elétrico, terá mais de 1.000 cv

A Ferrari começou a apresentar o seu primeiro modelo 100 por cento elétrico - o Ferrari Elettrica. Os primeiros pormenores e as especificações foram anunciadas esta quinta-feira (9 de outubro).

Ferrari Elettrica, o primeiro Ferrari elétrico, terá mais de 1.000 cv

© Ferrari

Bernardo Matias
09/10/2025 11:57 ‧ há 9 horas por Bernardo Matias

O Ferrari Elettrica será o primeiro automóvel 100 por cento elétrico do construtor de Maranello. Os primeiros detalhes, imagens e as especificações foram reveladas esta quinta-feira, 9 de outubro, mas só na primavera do próximo ano vai ser conhecido na totalidade.

 

É um automóvel de quatro lugares, com quatro motores, que debita mais de 1.000 cv de potência e tem tração integral.

O fabricante italiano tem-se pautado por estar na vanguarda da tecnologia e das tendências ao longo das várias décadas da sua história. Mesmo que com cautela, a Ferrari rende-se também às motorizações totalmente elétricas: pretende ter 20 por cento da gama totalmente elétrica até 2030. Um passo essencial não só para cativar novas gerações mais preocupadas com o ambiente, como também para cumprir as possíveis regras futuras: de recordar que, até 2035, a União Europeia quer banir os motores de combustão.

Motorização e bateria

Notícias ao Minuto Ferrari Elettrica© Ferrari  

Sabe-se que este Ferrari terá dois eixos elétricos (E-Axle) produzidos pela própria Ferrari: o da frente com potência de 210 kW no eixo, mais de 300 kW de potência do inversor diretamente integrado no eixo e 3.500 Nm de binário nas rodas; e o traseiro com potência de 620 kW no eixo, potência máxima do inversor superior a 600 kW e 8.000 Nm de binário nas rodas.

A potência máxima conjunta excede os 1.000 cv com o modo de 'boost', ao passo que a velocidade atinge os 310 km/h. É possível demorar 2,5 segundos dos 0 aos 100 km/h.

A bateria, removível e reparável, é composta por 210 células divididas em 15 módulos, tendo uma capacidade de 122 kWh. Permite ter uma autonomia superior a 530 km. Estarão disponíveis três modos de condução (Range, Tour e Performance), enquanto patilhas atrás do volante permitem ao condutor escolher entre cinco níveis de entrega de potência e de binário.

A potência máxima de carregamento é de 350 kW e há, também, travagem regenerativa. É possível remover a bateria e substituir módulos ou componentes eletrónicos específicos.

Apesar de ser um modelo elétrico, não deixará de ter som. A Ferrari não replica o timbre de um motor de combustão como outros construtores. Opta, em vez disso, por amplificar as frequências da unidade motriz, captadas por um sensor instalado no eixo traseiro. Funciona como que uma guitarra elétrica, em que a amplificação do som fica a cargo de um amplificador.

O som é gerado por um sistema de controlo totalmente desenvolvido pela Ferrari, sendo que em situações de condução normal é privilegiado o silêncio.

Chassis e dimensões

Notícias ao Minuto Ferrari Berlinetta© Ferrari  

O Ferrari Elettrica terá 2.960 milímetros de distância entre eixos e um peso a rondar 2,3 toneladas. A inspiração para o chassis veio das berlinetas com motores centrais e traseiros, colocando o condutor perto das rodas dianteiros para favorecer o 'feedback' dinâmico. Os bancos dianteiros têm uma disposição que permite acomodar as células de bateria sem comprometer o espaço para os passageiros de trás.

O amortecedor frontal tem um papel direto na absorção de energia durante uma colisão e, a meio do chassis, é integrada a bateria debaixo do piso. O chassis serve, também, de proteção para o conjunto de baterias.

Pela primeira vez, um carro da Ferrari vem com um sub-quadro separado, concebido com o intuito de reduzir os ruídos e vibrações captadas pelos ocupantes.

Este carro elétrico terá um sistema de suspensão ativa já usado no Ferrari Purosangue e no F80. Foi atualizado para o Elettrica, sendo que os amortecedores têm um peso 2 kg inferior e incluem um termopar para monitorizar e controlar a temperatura do óleo de lubrificação.

Os pneus também foram desenvolvidos em específico com três diferentes fornecedores. A Ferrari quis reduzir significativamente a resistência ao rolamento sem comprometer a manobrabilidade - conseguindo uma diminuição de 15 por cento.

Há uma escolha de cinco pneus dedicados (três para piso seco, uma variante de inverno e uma versão com tecnologia 'run-flat').

Controlos no volante

A bordo, o condutor tem dois controlos importantes no volante. O Manettino, à direita, permite configurar os sistemas de controlo da dinâmica - desde o modo Ice que maximiza a estabilidade ao modo ESC-Off que disponibiliza um comportamento mais extremo. Já o modo Dry, em estreia, está concebido para a condução no dia-a-dia.

Já à esquerda, o condutor encontra o eManettino para configurar as definições da arquitetura do carro, incluindo a entrega de potência, a escolha entre tração integral e tração traseira e o desempenho máximo alcançável. Há três configurações disponíveis, para três estilos de condução diferentes.

Leia Também: Primeiro Ferrari elétrico já testa; detalhes revelados em outubro

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