A Xiaomi está a entrar gradualmente no setor automóvel, revelando um forte crescimento do seu negócio no segundo trimestre deste ano. A tecnológica chinesa ainda só vende no seu país de origem e tem, atualmente, dois modelos na sua gama. Os planos passam por continuar a expandir-se.
Segundo um comunicado, as receitas totais do segmento que inclui o negócio automóvel cresceram e foram de 21,3 mil milhões de yuans (o equivalente a algo como de 2,5 mil milhões de euros), sendo 243 por cento superiores comparando com igual período do ano passado. É a primeira vez que as receitas do negócio dos carros superam os 20 mil milhões de yuans.
Também aumentou a quantidade de veículos entregues: 81.302. No primeiro semestre como um todo, foram comercializados mais de 157 mil carros da Xiaomi, quando ainda não tinha entrado no mercado o novo YU7. No acumulado desde que os Xiaomi elétricos começaram a ser vendidos até ao fim de julho, foram entregues mais de 300 mil automóveis.
No que respeita ao prejuízo operacional do negócio automóvel, este cifrou-se em 300 milhões de yuans (cerca de 36 milhões de euros), o que constitui uma redução. A previsão da Xiaomi é que a segunda metade do ano traga o equilíbrio financeiro.
Rede de vendas cresce; Europa em 2027
Apesar de ainda estar apenas a vender na China, a Xiaomi regista um crescimento também no número de centro de vendas dos seus veículos elétricos: são já 335, distribuídos por 92 cidades chinesas.
Entretanto, segundo o site Automotive News Europe e a Bloomberg, o presidente da Xiaomi, Lu Weibing, aponta a entrada dos seus carros no mercado da Europa em 2027. O mesmo dirigente esteve, em julho, em Munique (Alemanha), ao volante de um SU7 Ultra que é o primeiro com uma matrícula legal na União Europeia.
A 'gigante' da área da tecnologia estreou.se no mundo dos carros elétricos inteligentes com o sedã SU7 em 2024. Este verão, introduziu no mercado o SUV de alto desempenho de de luxo YU7, que também é 100 por cento elétrico e teve mais de 240 mil encomendas nas primeiras 18 horas.
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