Foram conhecidos os resultados financeiros da primeira metade do ano para a Volkswagen, Skoda, SEAT/Cupra e Volkswagen Commercial Vehicles - designado como 'Brand Group Core' da VW.
Houve um expressivo aumento de cinco por cento dos lucros de vendas face a igual período do ano passado, para os 72,5 mil milhões de euros. O resultado operacional foi de 3,46 mil milhões de euros, mesmo num contexto adverso impactado pelas tarifas alfandegárias dos Estados Unidos da América.
Em termos de vendas de unidades, também cresceram - 1,3 por cento para 2,53 milhões de exemplares entregues. Quanto à margem operacional, cifrou-se nos 4,8 por cento, ligeiramente abaixo dos 4,9 por cento do mesmo período de 2024.
No que toca aos carros de passageiros da Volkswagen, representaram a maior fatia dos resultados do grupo, com 1.521.278 unidades vendidas de janeiro a junho (mais 4,6 por cento). De fora destas contas fica o mercado chinês. As receitas de vendas atingiram 43,45 mil milhões de euros, numa subida de três por cento.
A Skoda deu continuidade ao melhor ano da sua história que registou em 2024, tendo acabado o primeiro semestre de 2025 a crescer 13,6 por cento em exemplares entregues (509.400). É a terceira marca em termos de carros de passageiros na Europa, com receitas de vendas de 15,07 mil milhões de euros (mais 10,4 por cento).
As marcas de matriz espanhola que integram o grupo, SEAT/Cupra, venderam 302.600 viaturas na primeira metade do ano, o que também representa um crescimento (1,7 por cento por contraste com 2024). No entanto, as receitas de vendas desceram dois por cento, cifrando-se em 7,6 mil milhões de euros.
Houve, também, o desempenho da Volkswagen Commercial Vehicles. Este foi negativo em termos de unidades vendidas (menos três por cento), mas positivo nas receitas de vendas (subida de 7,6 por cento, com 8,70 mil milhões de euros).
David Powels, membro da direção da Volkswagen Brand para as finanças, disse em comunicado: "Estamos a alcançar progresso ao melhorar a nossa eficiência de custos. Desde o início do ano, já registámos uma quebra nos custos de fábrica - sublinhando os primeiros efeitos positivos das nossas abrangentes iniciativas de otimização de custos. Este desenvolvimento é o resultado de uma implementação operacional disciplinada. As medidas direcionadas estão a tornar os nossos processos de produção mais simples e a melhorar a utilização da capacidade nas nossas fábricas. A dinâmica positiva resultante confirma o nosso compromisso consistente para implementar, com sucesso, as medidas de reestruturação que iniciámos".
Apesar do forte desempenho de vendas, o Grupo Volkswagen registou também uma forte descida dos lucros na primeira metade do ano: o lucro líquido atribuível desceu 36,6 por cento por comparação com o primeiro semestre do ano passado, para 4.005 milhões de euros.
Um desempenho parcialmente justificado pelas tarifas alfandegárias dos Estados Unidos da América, que já custaram à Volkswagen mais de mil milhões de euros.
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