A Kia acredita que pode aumentar as vendas nos Estados Unidos da América durante a segunda metade do ano - apesar das dificuldades previstas para o mercado nos próximos tempos.
Segundo a agência Reuters, o construtor asiático almeja aumentar as suas vendas no país em sete ou oito por cento no segundo semestre deste ano. Para isso, terá de estar em claro contra-ciclo com o mercado americano no geral, pois espera-se uma quebra de dez por cento.
O lucro operacional da Kia caiu um quarto no segundo trimestre deste ano, sendo afetado pelas tarifas impostas pelos EUA - esperando um efeito ainda maior de agora em diante. Até porque a Kia e a Hyundai importam cerca de dois terços das unidades que vendem naquele país.
Simultaneamente, houve um avanço de cinco por cento das vendas em igual período. A antecipação de compras pelo receio de um aumento de preços pode justificar este crescimento, mas a Kia acredita no potencial do seu SUV híbrido, o Carnival. E espera que este modelo, tal como o K4, sejam impulsionadores do seu desempenho nos EUA perante um aumento dos preços de fabricantes rivais.
Escreve a agência Reuters que o diretor financeiro da marca coreana, Kim Seung-jun, disse numa conferência com investidores: "Acreditamos que seremos capazes de usar este ambiente difícil como uma boa oportunidade para aumentar [a quota de mercado e vendas], e esse é o ponto forte da Kia".
Do ponto de vista da produção em solo americano, com os incentivos à aquisição de carros elétricos a acabarem após setembro, a Kia deverá mudar o foco da sua produção na fábrica do estado da Geórgia para modelos como o Sportage, Sorento e Telluride.
Por outro lado, a Kia tem planos para reduzir o impacto prejudicial das tarifas, direcionando algumas das suas exportações das fábricas da Coreia do Sul para outros mercados que não os EUA.
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