Guerra de preços. China visa combater "concorrência irracional"

A atravessar uma guerra de preços entre fabricantes de carros elétricos, as autoridades da China vão tomar medidas e reforçar a regulação do mercado, contra aquilo que definem como "concorrência irracional".

The 3rd China International Supply Chain Expo (CISCE)

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Lusa
17/07/2025 07:15 ‧ há 5 horas por Lusa

Auto

carros elétricos

O mercado dos carros elétricos na China enfrenta uma profunda guerra de preços entre construtores. As autoridades do país vão tomar medidas de regulação, visando travar aquilo que consideram ser "concorrência irracional".

 

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apelou ao "desenvolvimento de alta qualidade" do setor e à necessidade de "combater a concorrência irracional", durante uma reunião do Conselho de Estado (o Executivo chinês).

Segundo um resumo do encontro, divulgado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua, as medidas previstas incluem "maior regulação da ordem do mercado", reforço da monitorização de custos e preços e aperfeiçoamento dos mecanismos de concorrência de longo prazo, sem que fossem especificadas ações concretas.

No início do ano, o secretário-geral da Associação Chinesa de Carros de Passageiros, Cui Dongshu, já tinha antecipado que a guerra de preços no setor automóvel chinês se manteria em 2025, num contexto de "concorrência extremamente feroz".

Nos meses seguintes, marcas locais e internacionais - como a Tesla ou a 'joint venture' entre a chinesa GAC e a japonesa Toyota - lançaram campanhas com pagamentos sem juros, reduções nas entradas ou cortes nos preços de alguns modelos.

Em maio, a líder mundial em vendas de elétricos, a chinesa BYD, anunciou descontos de até 34% em cerca de 20 modelos, decisão que analistas consideraram um sinal das crescentes dificuldades do mercado.

Segundo a agência de notícias financeiras Bloomberg, as autoridades chinesas terão convocado em junho os dirigentes das principais fabricantes para pedir autorregulação e o fim da prática de vender carros abaixo do custo ou com descontos descritos como irracionais.

Face à fraca procura interna, causada pela desaceleração económica e pela incerteza, várias empresas chinesas têm procurado expandir-se no exterior, o que motivou o aumento do escrutínio por parte dos Estados Unidos e da União Europeia e a imposição de novas tarifas alfandegárias.

Leia Também: Pequim tenta pôr fim a guerra de preços que ameaça indústria de elétricos

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