O mundo dos ralis está de luto. Craig Breen deixou-nos esta quinta-feira, aos 33 anos, depois de um acidente num treino que servia de preparação ao Rali da Croácia.
Uma perda sonante no mundo do desporto motorizado e o desaparecimento de um dos maiores talentos da atualidade. Breen tinha recentemente aceite o convite da Hyundai Portugal para participar no Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) e o seu talento não deixou margem para dúvidas com uma vitória logo na primeira prova, em Fafe.
Nasceu a 2 de fevereiro de 1990 em Slieverue, na Irlanda, e aos nove anos começou no karting. O histórico familiar falou mais alto e os genes do pai, ex-campeão irlandês nos ralis, passaram para Craig. No entanto, só em 2009 é que o piloto enveredou pelo caminho difícil dos ralis.
Venceu três competições em simultâneo no troféu Ford Fiesta (Irlanda, Reino Unido e Internacional) e viu o seu jeito para os ralis comprovado. Com 21 anos foi natural a sua vitória no WRC Academy e no ano seguinte, em 2012, conquistou o S-WRC, depois de um momento trágico: naquele ano, o seu navegador de várias temporadas, Gareth Roberts, perdeu a vida num rali em Itália.
O seu primeiro rali no Campeonato do Mundo aconteceu em 2014, na Suécia, e o primeiro de nove pódios no WRC surgiu dois anos depois, ao volante de um Citroën DS3.
Craig Breen despede-se com uma carreira invejável, ao alcance de poucos. Representou algumas das equipas com mais peso no Mundial de Ralis (Citroën, Hyundai e M-Sport) e para a história, além do seu sorriso contagiante, fica um legado com 82 participações em ralis do Campeonato do Mundo, nove pódios e 35 vitórias em etapas do WRC.
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