A Fórmula 1 oficializou, na passada terça-feira, que o calendário de 2023 terá 23 Grandes Prémios ao contrário dos 24 anunciados anteriormente. A China não organizará a prova e Portugal esteve muito perto de preencher a vaga deixada por Xangai. O que levou à não realização da corrida no Autódromo Internacional do Algarve? Pode dizer-se que o 'timing' não foi o melhor, segundo o apurado pelo Auto ao Minuto.
Vamos à cronologia dos acontecimentos. Em dezembro, os organizadores do Grande Prémio da China tornaram oficial a sua retirada do calendário, face às restrições implementadas no país para combater a Covid-19. Foi aí que Portugal e Turquia entraram em cena.
A Formula One Management (FOM) estava disposta a preencher a vaga que Xangai tinha deixado em aberto a 16 de abril, e Portugal começou a ganhar terreno. As conversações entre o Autódromo Internacional do Algarve, a Câmara Municipal de Portimão, o Turismo de Portugal e o Governo aconteceram e, após algum tempo, tudo ficou a postos para garantir todas as condições necessárias à realização do GP de Portugal.
No entanto, e apesar de reunidas as condições, as conversações não ficaram fechadas de um dia para o outro. E isso revelou-se decisivo... Porquê? Porque, entretanto, a China voltou a querer entrar em cena. O aligeirar das medidas de combate à Covid-19 no país fez com que os organizadores do Grande Prémio em Xangai voltassem a demonstrar abertura para a realização da prova na data que estava inicialmente prevista.
Decisão final não sorriu a Portugal
Ora, com a corrida em Portugal 'apalavrada', a Fórmula 1 ficou assim com dois pássaros na mão. Dois pássaros que, no final de contas, deixou voar porque até à data da prova faltavam menos de três meses.
Os responsáveis da FOM e da Liberty - empresa que gere os direitos da Fórmula 1 - decidiram que já não faria sentido fazer regressar o Grande Prémio da China, nem realizar o Grande Prémio de Portugal, uma vez que iria acarretar problemas, dado o pouco tempo para organizar toda a logística necessária e colocar os bilhetes à venda.
Realizar-se-ão 23 Grandes Prémios em 2023, mas no próximo ano a esperança volta a acender-se. Isto porque Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo Internacional do Algarve, já confirmou ao Auto ao Minuto que fará todos os possíveis para integrar Portimão no calendário oficial da F1 em 2024.
Leia Também: Os pilotos mais bem pagos da Fórmula 1. Há mudanças no top3