Na última Assembleia Geral organizada pela FIA, em Bolonha, ficou decidido que o painel do Cost Cap Adjudcation (CCAP) vai a partir de 2023 contar com uma portuguesa. Matilde Costa Dias é advogada da 14 Sports Law e terá agora assento numa das mais importantes equipas da FIA.
A comissão que Matilde integrará supervisiona a correta aplicação dos regulamentos financeiros estabelecidos pelo organismo que rege o desporto motorizado a nível mundial. Recorde-se que recentemente, o CCAP fez manchetes com uma sanção inédita na Fórmula 1, multando a equipa da 1 Red Bull em 7 milhões de dólares por ultrapassar o teto orçamental definido para todas as equipas da F1.
Matilde Costa Dias será um de seis elementos do CCAP, depois de a sua candidatura ter contado com o apoio da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK).
"É uma honra fazer parte de um organismo tão importante no desporto motorizado mundial. É uma enorme responsabilidade, e estou realmente entusiasmada por poder dar o meu contributo para tornar os desportos motorizados mais equilibrados e competitivos. Ser mulher e vir de um país como Portugal que procura estar cada vez mais representado no desporto motorizado, fazem desta eleição um feito ainda maior", afirmou Matilde.
Matilde Costa Dias
Luís Cassiano Neves, sócio fundador da 14 Sports Law, deixou rasgados elogios a Maltide e definiu-a como "uma das melhores jovens advogadas do direito desportivo".
"Este é mais um reconhecimento da sua competência e mérito. É também um passo importante para Portugal, estar representada num dos fóruns mais importantes da FIA", acrescentou.
Por fim, Ni Amorim enalteceu a importância da entrada de Matilde na FIA para o desporto motorizado português.
"É uma honra poder ter uma representante no CCAP da FIA. Não apenas por ser a primeira mulher e ser portuguesa, mas pelo facto de pretendermos ter o maior número de representantes no seio da FIA. A nossa envolvência no desporto motorizado internacional é muito grande, não só no número de provas que acolhemos, mas também ao nível organizativo e participativo. Acredito que o nosso contributo e a experiência da Matilde venham a ser uma mais-valia para a aplicação da regulamentação financeira", sublinhou o presidente da FPAK.