Michael Masi esteve no olho do furacão, depois de uma decisão polémica no final do Grande Prémio de Abu Dhabi em Fórmula 1. O então diretor de corrida alterou o processo de reinício de corrida nas voltas finais da prova, o que permitiu a Max Verstappen sagrar-se pela primeira vez campeão do mundo.
Masi, já depois de ter sido afastado pela FIA do cargo que ocupara até então, quebrou o silêncio após a corrida disputada em dezembro do ano passado
"Houve alguns dias sombrios. Senti-me como se fosse o homem mais odiado do mundo", começou por referir em declarações à News Corp.
“Recebi ameaças de morte. As pessoas diziam que viriam atrás de mim e da minha família. Racista, abusivo, vil, chamavam-me todos os nomes e continuam a chegar esses insultos. Não só no meu Facebook, mas também no meu LinkedIn, que é suposto ser uma plataforma profissional para negócios. Era o mesmo tipo de abuso”, acrescentou.
Recorde-se que um relatório da FIA conclui, depois de investigar o caso, que Michael Masi agiu "de boa-fé", apesar do "erro humano" cometido. O ex-diretor de corrida da F1 regressou ao seu país natal, mas o processo não tem sido fácil.
"Teve realmente um impacto físico, mas foi mais mental. Eu só queria estar numa bolha. Não tinha qualquer desejo de falar com eles [família]. Só queria estar sozinho, o que era um grande desafio. Toda a experiência fez de mim uma pessoa muito mais forte", disse ainda Michael Masi.