Covid-19: "Por favor, venham ajudar-nos em Nova Iorque. Agora"

O governador nova-iorquino, Andrew Cuomo, fez hoje um apelo urgente a voluntários médicos perante um "aterrador" número de mortes provocadas pelo novo coronavírus: "Por favor, venham para Nova Iorque ajudar-nos. Agora".

© Reuters

Mundo Covid-19 31/03/20 POR Lusa

 

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Em resultado, milhares de médicos e enfermeiros reformados ou com disponibilidade estão a responder à chamada nos Estados Unidos.

O apelo de Cuomo foi feito quando a quantidade de pessoas mortas no Estado norte-americano passa os 1.200, com a maioria a ocorrer na capital estadual, e as autoridades avisam que o ponto de rutura para que a crise está a levar os hospitais nova-iorquinos é uma antecipação do que vai ocorrer em breve nas outras cidades do país.

Cuomo especificou que a metrópole precisa de mais um milhão de trabalhadores adicionais do setor da saúde.

"Já perdemos mais de mil nova-iorquinos. Para mim, estamos para além do choque", disse

Ao mesmo tempo que o apelo do governador foi divulgado, um navio-hospital da Marinha norte-americana, que também enviado para a cidade depois dos ataques de 11 de setembro, foi disponibilizado, com mil camas para aliviar a pressão nos hospitais de Nova Iorque. E cerca de 80 mil antigos profissionais militares de saúde já se voluntariaram.

"O que quer que seja que precisem, tenho vontade de fazer", disse Jerry Kops, músico e antigo enfermeiro, cuja digressão com o espetáculo Blue Man Group foi interrompida bruscamente pela pandemia. Regressou à sua casa, em Long Island, onde se voluntariou para voltar a ser enfermeiro.

Os EUA têm mais de 160 mil pessoas infetadas e cerca de 3.000 mortes, com a cidade de Nova Iorque a ser o pior caso, numa altura em que New Orleans, Detroit e outras metrópoles começam a apresentar também números preocupantes.

"Quem quer que veja esta situação como exclusiva a Nova Iorque está em estado de negação", disse Cuomo. "Este vírus move-se através do Estado, da nação. Nenhum norte-americano está imune a este vírus"", frisou.

Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas, a trabalhar para o governo norte-americano, também avisou que as cidades mais pequenas vão provavelmente ver os números dos casos evoluir como em Nova Iorque.

"O que aprendemos com a experiência dolorosa desta pandemia é que evolui ao longo de uma linha direita, depois uma pequena aceleração, dispara", disse no programa matinal "Good Morning América", da televisão ABC.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

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