Macau defende criação de organismo para a segurança informática
O deputado à Assembleia Legislativa de Macau Dominic Sio exortou hoje o Governo a criar um serviço responsável pela supervisão da segurança informática perante o aumento dos cibercrimes que afetam o território.
© Lusa
Tech Cibercrime
"Espero que a nossa sociedade consiga chegar a consenso para se iniciar o necessário processo legislativo para a criação de um serviço competente para a segurança informática, que se responsabilize pela supervisão e gestão da segurança nas redes", disse Dominic Sio no plenário de hoje, lembrando que a região vizinha de Hong Kong já tem um Centro de Segurança Cibernética.
Numa das 19 intervenções antes da ordem do dia, o deputado nomeado pelo chefe do executivo constatou que a "Internet levou as pessoas a entrarem num mundo completamente novo", mas que "provoca preocupação ao nível da segurança nas redes sociais".
"Quando o Governo, empresas e indivíduos estabelecem ligações em rede têm que assumir os vários riscos inerentes à falta de segurança, que pode resultar na revelação de documentos e informações secretas, furto de códigos e até de dados pessoais, que podem ser aproveitadas ilegalmente e provocar prejuízos patrimoniais", disse.
Dominic Sio citou dados da Polícia Judiciária para salientar que, no último ano, os crimes informáticos aumentaram 78%, tendo sido "abertos 308 processos entre junho de 2012 e maio deste ano", lembrando que está a ser investigada uma suspeita de acesso ilegal a 34 contas de correio eletrónico de clientes da Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM).
As autoridades informaram de que serviços públicos estão entre as vítimas deste alegado caso de pirataria informática e que os endereços IP dos 'hackers' são de Hong Kong e dos Estados Unidos.
O Gabinete para a Proteção de Dados Pessoais de Macau está a investigar a possibilidade de a Região Administrativa Especial chinesa ter sido alvo da rede de espionagem norte-americana recentemente revelada, disse à agência Lusa uma porta-voz do organismo na quinta-feira.
O organismo enviou a 03 de julho uma carta ao Consulado-Geral dos Estados Unidos para Hong Kong e Macau solicitando esclarecimentos sobre o programa secreto de vigilância de comunicações à escala global (conhecido pelo nome de código PRISM), revelado pelo antigo analista informático da Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) Edward Snowden, mas até ao momento "nenhuma resposta foi obtida", segundo a mesma fonte.
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