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Polícias na China começam a usar óculos para reconhecimento facial

Os polícias de uma estação de comboios no centro da China tornaram-se os primeiros do país a usar óculos para reconhecimento facial, ilustrando a rápida expansão daquele sistema no país, que críticos dizem servir para controlo social.

Polícias na China começam a usar óculos para reconhecimento facial
Notícias ao Minuto

08:50 - 27/02/18 por Lusa

Tech Autoridades

Segundo o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, os polícias na estação de comboios Este de Zhengzhou, capital da província de Henan, começaram a usar aquele tipo de tecnologia durante o Ano Novo Lunar, a altura de maior afluência nos serviços ferroviários do país.

Os óculos estão ligados a uma base de dados da polícia, que permite verificar as identidades dos passageiros e detetar criminosos, descreve o jornal.

As estações de comboio e aeroportos nas principais cidades da China recorrem já a tecnologia de reconhecimento facial na área de embarque para verificar a identidade e documentos de viagem dos passageiros.

Nos bancos, hotéis e até em casas de banho públicas do país é também cada vez mais comum o uso daquele tipo de sistema, que está ligado aos departamentos da polícia de todo o país.

Em Xangai, a "capital" económica da China, o sistema permitiu já identificar e multar infratores de regras de trânsito, enquanto na cidade costeira de Qingdao ajudou a polícia a deter dezenas de alegados criminosos.

Em outubro passado, o jornal de Hong Kong South China Morning Post avançou que o ministério chinês de Segurança Pública está a preparar um sistema de análise dos dados recolhidos sobre os quase 1.400 milhões de habitantes do país através de reconhecimento facial.

O sistema será ligado às vastas redes de câmaras de vigilância, que existem na maioria das cidades chinesas.

Segundo um relatório recente da organização não-governamental (ONG) de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch (HRW) o sistema visa "controlar e prever" os movimentos de ativistas, dissidentes e minorias étnicas e "não cumpre com os padrões de privacidade internacionais".

"É assustador que as autoridades chinesas estejam a reunir e centralizar mais informação de centenas de milhares de pessoas, identificando aquelas cujo pensamento se desvia do que consideram ser 'normal' e colocando-as sob vigilância", escreveu Sophie Richardson, diretora da HRW para a China, num relatório difundido em novembro passado.

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