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E se o Tinder for alvo de ataque informático? Não será bonito

Jornalista do The Guardian pediu à empresa que lhe enviasse a informação sobre si recolhida através da aplicação.

E se o Tinder for alvo de ataque informático? Não será bonito
Notícias ao Minuto

10:20 - 27/09/17 por Miguel Patinha Dias

Tech Dados

Consegue ter noção dos seus dados pessoais que oferece a empresas tecnológicas? É provável que não mas, para perceber a quantidade de informação que o Tinder tinha armazenada sobre si, a jornalista Judith Duportail do The Guardian tentou descobrir e ficou “horrorizada”.

Ao obrigo da Duportail da lei europeia de proteção de dados, Duportail exigiu que o Tinder lhe enviasse toda a informação que tinha em seu nome, com a empresa responsável pela aplicação de encontros a ter-lhe enviado um total de 800 páginas.

O arquivo em questão contém não só histórico de compatibilizações, conversas pessoais e preferências sexuais mas ainda outra informação adicional providenciada pelos utilizadores, nomeadamente emprego, histórico de viagens e os mais variados interesses. “Aplicações como o Tinder estão a aproveitar-se de um fenómeno emocional simples; não conseguimos sentir os dados. É por isso que ver tudo impresso tem impacto. Somos criaturas físicas. Precisamos de materialidade”, escreve Duportail.

Nada disto é novo e (claro) não é exclusivo do Tinder. São várias as empresas tecnológicas que recolhem dados sobre os seus utilizadores mas, ao ocupar-se de dados tão pessoais dos seus utilizadores como preferências sexuais, poderá não sentir-se tão à vontade. Sobretudo se houver um ataque informático e, como nota Duportail, isto é algo que o próprio Tinder admite na sua política de privacidade.

“Nenhum sistema é completamente seguro. Portanto, apesar de tomarmos passos para manter a sua informação segura, não prometemos, e não deve esperar, que a sua informação pessoal, conversas ou outras comunicações permanecerão seguras. Os utilizadores devem ter cuidado com a forma como gerem e revelam informação pessoal e devem evitar enviar informação pessoal através de mails inseguros”, pode ler-se na política do Tinder.

Como nota o The Next Web, o ataque informático e consequente roubo de dados do site de adultério Ashley Madison do verão de 2015 deve dar uma boa ideia do que aconteceria caso o Tinder fosse alvo de um ataque semelhante e os seus 50 milhões de utilizadores tivessem os seus dados mais pessoais (e sensíveis) publicados na internet.

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