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O que se faz aos eletrodomésticos e aparelhos eletrónicos em fim de vida?

O Tech ao Minuto recorreu à ERP Portugal para apurar como são tratados os resíduos eletrónicos no nosso país.

A área tecnológica tem sido recorrentemente apontada como tendo problemas no que diz respeito às emissões e sustentabilidade.

O desperdício de matérias-primas por via de resíduos eletrónicos continua a ser um desafio para muitos países e entidades e Portugal não é exceção.

No âmbito do Dia do Ambiente fomos perceber qual é o estado do nosso país no que diz respeito à reciclagem de resíduos eletrónicos.

Para isso, o Tech ao Minuto recorreu à European Recycling Platform (ERP) Portugal, mais precisamente à sua diretora-geral, Rosa Monforte, que respondeu a algumas questões sobre o estado atual e futuro da reciclagem de resíduos.

Abaixo pode ler a entrevista.

Os portugueses estão despertos para a necessidade de serem ecologicamente sustentáveis? A reciclagem tem evoluído de uma forma positiva?

A população portuguesa tem vindo a demonstrar uma preocupação crescente no que diz respeito à reciclagem, sobretudo, de equipamentos eletrónicos em fim de vida. Desde o início da sua atividade que a ERP Portugal regista aumentos significativos dos volumes recolhidos no terreno, cumprindo com as metas definidas em sede das suas licenças - gestão de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos) e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores).

A título de exemplo, as campanhas de sensibilização que se traduzem diretamente na recolha de resíduos espelham totais crescentes de ano para ano, na ordem dos 30% (campanha Geração Depositrão).

Há alguma medida que o Governo pudesse implementar para melhorar a forma como é feita a reciclagem no nosso país?

Defendemos que as medidas implementadas pelo Governo português têm respondido às diretrizes europeias, nomeadamente no que respeita aos critérios a ter em conta neste processo.

Contudo, o controlo e avaliação da aplicação destes critérios poderiam ser mais incisivos e frequentes.

O que acontece aos equipamentos eletrónicos em fim de vida em Portugal? São reaproveitados de alguma forma?

Os REEE recolhidos através dos canais corretos de encaminhamento (Depositrão, centros de receção e troca do velho pelo novo) são conduzidos até à fase da sua consolidação, onde ocorre a separação por categorias operacionais (Grandes Eletrodomésticos, Arrefecimento, TV e Monitores, Outros e Lâmpadas) e verificação de possível reutilização; posteriormente, os resíduos não reutilizados seguem até à etapa da sua reciclagem, dando origem à obtenção de matérias-primas (plásticos, metais, vidro). 

Consumimos demasiados dispositivos eletrónicos?

Cada vez mais os equipamentos desta natureza fazem parte do nosso quotidiano, já que vivemos numa era tecnológica, em que se impõe a utilização massiva destes produtos (e consequente descarte).

Poderia ser feita alguma coisa do ponto de vista de educação/consciencialização que resultasse numa menor quantidade de resíduos eletrónicos?

A maior parte das campanhas de sensibilização tem como foco estimular a entrega de resíduos, permitindo a sua reciclagem e que os mesmos não sejam depositados em canais impróprios e/ou lixo comum. Contudo, o prolongamento de vida útil dos equipamentos elétricos e eletrónicos é eixo da mensagem trabalhada junto das escolas.

A ERP Portugal considera que o que se faz no nosso país no que diz respeito à reciclagem e reaproveitamento de componentes é suficiente face ao mercado de consumo atual?

As unidades de reciclagem de REEE existentes em Portugal respondem às necessidades do país, ou seja, são suficientes para gerir os resíduos deste segmento.

O que é que a ERP Portugal está a fazer de forma a reduzir o impacto de resíduos eletrónicos?

As campanhas de educação e sensibilização ambiental visam despertar a consciência da população para o tema, estimulando os cidadãos a utilizar os canais corretos de encaminhamento de REEE. Este é o primeiro passo para assegurar a sua reciclagem, logo, minimizar o impacto ambiental do não-tratamento das substâncias nocivas que podemos encontrar na sua composição, tais como os gases CFC dos frigoríficos ou o mercúrio das lâmpadas.

Com o alargamento da rede de recolha, permitindo aos cidadãos ter acesso a maior número de pontos, bem como o reforço constante de campanhas desenvolvidas em diversas frentes (escolas, lojas, por exemplo), conseguimos aumentar as toneladas de resíduos tratados corretamente, evitando a sua deposição ou encaminhamento através de canais impróprios.

Devemos destacar, também, o acompanhamento frequentemente realizado aos operadores e recicladores de resíduos, avaliando o cumprimento dos critérios de qualidade impostos nesta matéria, já que a ERP Portugal tem primado pela parceria com empresas certificadas e auditadas de forma regular.

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