Esta ciência não é para mulheres?
Os investigadores analisaram mais de 45 mil cientistas em todo o mundo. Também na ciência as mulheres ficam atrás dos homens.
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A discussão em torno da discrepância de igualdade entre homens e mulheres em contexto de trabalho continua na ordem do dia.
Apesar dos esforços que têm vindo a ser feitos, como exigir uma quota de mulheres nas administrações das empresas, a verdade é que os homens continuam, na larga maioria, a receber salários mais elevados e a ocupar mais cargos de topo.
O estudo de que hoje lhe damos conta centra-se nas mulheres cientistas e no seu papel nas revistas científicas e no Twitter e, segundo o conceituado jornal científico Nature, o lado feminino da ciência não difere muito daquele que é o ‘fardo’ das mulheres nas restantes profissões.
Segundo os investigadores, cujo estudo foi publicado na revista PLOS ONE, as mulheres estão mais presentes nas redes sociais do que em publicações científicas.
A equipa de investigadores da Universidade Bloomington, no estado norte-americano do Indiana, elaborou uma lista de 45.867 cientistas de todo o mundo para tentar perceber sobre que assunto tweetam os homens e mulheres da ciência e descobriram que os cientistas da área social estão mais representados no Twitter do que os restantes, sendo que são as mulheres que mais dominam os tweets, em detrimento dos artigos científicos.
“É uma descoberta muito interessante. A participação das mulheres cientistas no Twitter é maior do que estávamos à espera”, referiu Cassidy Sugimoto, cientista da Universidade Bloomington.
O estudo concluiu que os cientistas homens tendem a ter o seu trabalho mais vezes citado do que as cientistas mulheres e também há mais professores do que professoras nas universidades dos Estados Unidos. Quanto à interação nas redes sociais, os cientistas tendem a interagir com os pares da mesma área, mas os temas tweetados são maioritariamente pessoais, o que não surpreendeu os investigadores.
No topo dos 20 sites cujos artigos mais foram partilhados no Twitter encontram-se outras plataformas sociais, como Facebook, Instagram ou YouTube. Os jornais The New York Times e The Guardian foram os mais utilizados para partilha no Twitter, sendo que o único site científico a surgir na lista foi o Nature.
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