Huawei P10: Um sucessor digno… mas que demora a convencer

O P10 consolida a qualidade oferecida no P9 mas pode haver poucos motivos para convencer quem adquiriu os dois últimos dois smartphones da Huawei.

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Ecrã

Com 5.1 polegadas, o ecrã do Huawei P10 estará perfeitamente adequado a qualquer utilizador. Porém, sendo um topo de gama e dada a tendência atual do mercado de apostar em smartphones de ecrãs cada vez maiores, é difícil perceber a aposta da Huawei neste tamanho mais pequeno. A falta de um ecrã maior será sentida, sobretudo se já estiver habituado a outros topos de gama.

Não obstante, a luminosidade, contraste de cores e capacidade de resistir a reflexos de dias particularmente solarengos não desapontará. Ainda não é o ecrã OLED em que a Huawei já devia ter apostado mas, no que diz respeito a ecrãs IPS LCD, é difícil fazer melhor.

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Bateria

A bateria tem sido, tradicionalmente, um ponto muito positivo para os smartphones da Huawei. No P10 não é diferente, com a bateria de 3,200mAh a dar conta do recado, sendo capaz de resistir várias horas independentemente das tarefas que tenha para fazer, sejam chamadas, navegação na internet ou até reprodução de vídeo. Não chega perto da autonomia do irmão mais velho, o Mate 9, mas dado o tamanho está perante um dos smartphones com melhor bateria do mercado.

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Câmara

Desde o P9 que a Huawei tem apostado numa certificação Leica para os seus smartphones, uma estratégia que se seguiu no Mate 9 e se reflete também aqui, no P10. A diferença não é muita, até porque o Huawei P10 tem uma câmara dupla com dois sensores de 12MP. A grande melhoria está na abertura de lente de f/1.8, o que a torna especialmente boa para tirar fotografias em ambientes mais claros. Infelizmente, o mesmo não se verifica em ambientes de pouca luminosidade.

A grande novidade é o modo retrato, que combina efeitos de beleza e efeito bokeh já presentes em outros dispositivos. Este modo pode ser ativado tanto na câmara traseira como frontal, permitindo que a câmara reconheça automaticamente as caras dos presentes na fotografia para se focar especificamente nelas. É um modo interessante mas o Huawei P10 não tem grandes novidades face aos anteriores dispositivos da fabricante chinesa.

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Armazenamento

Mais uma vez, a Huawei continua a apresentar duas variantes para os seus dispositivos. Capacidades de armazenamento de 32GB e 64GB parecem ter-se tornado a norma em smartphones topo de gama e é ideal não só para o utilizador comum como também para os entusiastas mais ‘hardcore’. Não é suficiente? Não se preocupe, o Huawei P10 permite adicionar armazenamento por via de um cartão microSD até 256GB. Infelizmente terá de ‘sacrificar’ o espaço para o segundo cartão SIM.

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Desempenho

Equipado do processador proprietário da Huawei, o Kirin 960, o P10 não desaponta. É o mesmo processador do Mate 9 por isso não era esperado menos do que um dos dispositivos com o melhor desempenho do mercado. Algumas melhorias aos algoritmos tornam o Huawei P10 mais eficiente na manutenção das aplicações que correm no background, com as quais o smartphone consegue lidar na perfeição graças aos 4GB de RAM.

A nível de jogos será capaz de, claro, ter acesso ao grafismo mais exigente do mercado, com a placa gráfica Mali-G71 MP8 a estar bem capacitada para lidar com gráficos mais definidos mas, infelizmente, a não ser capaz de providenciar a experiência mais estável.

Nota para a decisão da Huawei em ter optado por integrar um botão Home no fundo da face frontal, uma decisão que pode começar por não agradar mas que se torna útil uma vez que permite usar gestos para abrir apps recentes (arrastar para o lado), voltar à Home (pressionar longo) e voltar atrás (um pressionar ligeiro). É útil e terá dificuldade em voltar a métodos antigos (ainda que tenha essa possibilidade nas definições.

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Construção & Design

A Huawei continua a ser uma das fabricantes de smarthpones topo de gama a saber aplicar melhor o alumínio aos seus smartphones. O bom trabalho exibido no P9 e no Mate 9 volta a ser bem visível no P10, com as laterais laminadas e a ausência de saliência na câmara a serem também pormenores bem agradáveis.

Infelizmente, e por muito útil que seja para melhorar a navegação, o posicionamento do botão Home não faz favores ao design. O Huawei P10 acaba por ter um aspeto demasiado tradicional relativamente a outros dispositivos do mercado. Além disso, com o botão Home a Huawei afasta-se daquela que é a grande tendência do mercado que é cobrir praticamente toda a face frontal por um ecrã. Talvez no próximo ano.

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Preço / Qualidade

O Huawei P10 está disponível por 659,99 euros e por este preço não hajam dúvidas que estará a adquirir um dos melhores smartphones desta primeira metade do ano. Ainda assim, a fabricante chinesa parece ter jogado demasiado pelo seguro com a edição deste ano, não apresentando argumentos de peso para, por exemplo, detentores do P9 e do Mate 9 terem motivos suficientes para adquirir a versão deste ano. Um muito bom smartphone que, todavia, não é obrigatório e se a Huawei quer ver cumpridas as suas ambições terá de ir um pouco mais longe.

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Pontos fortes

A atenção ao design da Huawei continua a dar resultados e isso é bem evidente na aplicação de alumínio que dá forma ao P10. A bateria é também um ponto tradicionalmente forte da Huawei e aqui volta a sê-lo ainda que não seja tão sentido como outros dispositivos anteriores da fabricante. A câmara e o desempenho inteligente que faz uma gestão ativa das aplicações e da eficiência energética também são pontos a assinalar.

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Pontos fracos

Não pontos fracos ou negativos propriamente ditos mas sim faltas sentidas, o Huawei P10 carece de novidades de peso que o tornem um dispositivo de primeira linha para os entusiastas por smartphones. Não tenha dúvidas, o P10 é um smartphone de grande qualidade mas as expetativas eram maiores.

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