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Jogámos na nova consola da Nintendo. Eis o que pode esperar da Switch

As dúvidas que tiver serão provavelmente dissipadas assim que passar pelo “momento da magia”.

Já com décadas de existência, a Nintendo é uma empresa automaticamente associada aos videojogos, exibindo uma história rica de plataformas de jogos tanto caseiras como portáteis que ajudaram a impulsionar a indústria em diferentes fases. A NES original, o primeiro GameBoy e até a mais recente Wii podem ser vistas como plataformas revolucionárias para a sua altura. A próxima dessa linhagem pode mesmo ser a Switch.

O Tech ao Minuto foi convidado a comparecer nas instalações da Nintendo em Portugal para um contacto alargado com a Switch e as surpresas não se fizeram esperar. Para uma plataforma caseira, a Switch é consola surpreendentemente pequena, ocupando muito menos espaço que as rivais já disponíveis no mercado. A mesma sensação passa nos comandos Joy-Con mas, também com surpresa, o tamanho não é um impedimento ao conforto enquanto se joga.

Conforto parece ser a palavra de ordem para a Switch, uma consola capaz de se adaptar às várias situações e à vida dos seus jogadores. É provável que fique surpreendido com a facilidade e fluidez que é tirar a consola da doca e jogar em qualquer parte da casa. É o que o representante da Nintendo em Portugal, Jorge Vieira, descreve como o “momento da magia”. Depois de testemunhar a ‘transformação’ de consola caseira em portátil, é difícil não ficar a pensar o mesmo.

Esta versatilidade aplica-se também aos já referidos comandos Joy-Con. Os comandos podem ser usados em conjunto para uma experiência tradicional mas, caso haja necessidade de estar movimento, são facilmente retirados deste suporte e unidos à consola. Por outro lado, é possível recorrer ao suporte integrado, dar um dos comandos a um amigo e ter uma sessão de multijogador local sem esforço.

A ideia que a Switch surge numa linha de continuidade em relação a outras consolas da Nintendo é reforçada pela vertente de portabilidade e relevância do modo multijogador. Se por um lado a Nintendo cimentou o que eram as consolas caseira, a verdade é que também tirou as ‘amarras’ desta forma de entretenimento com o GameBoy. A Switch torna esta linha mais ténue, sem com isso perder o foco dos jogadores e do fator social.

E os jogos?

Ao ser apresentada uma nova consola é comum pensar-se simplesmente no que está para vir e não no que ficou para trás. Nas horas que o Tech ao Minuto passou com a Switch foi possível constatar que a Nintendo está atenta a estes dois panoramas.

Se por um lado ‘The Legend of Zelda: Breath of the Wild’ é o grande exclusivo para a fase de lançamento e ‘Splatoon 2’ e ‘Mario Kart 8 Deluxe’ são experiências multijgador a ter em atenção para os próximos tempos, a atenção a títulos como ‘Super Bomberman R’, ‘Sonic Mania’ e ‘Ultra Street Fighter II: The Final Challengers’ são uma leve e agradável brisa do passado. Nota de destaque para o novo ‘Bomberman’, que está mais divertido do que nunca em modo multijogador.

Voltando a ‘The Legend of Zelda’, o novo capítulo deverá ser o principal motivo para a maioria adquirir uma Switch. A evolução da fórmula (que já dura há 30 anos) é notória, com o jogador a usufruir de uma liberdade ímpar na série até agora. Mesmo que a demonstração tenha tido apenas 20 minutos de duração, todas as sessões a que foi possível assistir foram diferentes e atestam bem a esta nova direção da série.

Se ‘The Legend of Zelda’ é estender a mão aos jogadores veteranos da Nintendo, ‘1-2-Switch’ é um piscar de olho aos jogadores casuais que num passado recentemente adotaram os videojogos como forma de entretenimento. Esta coletânea de 28 pequenos jogos permite tirar partido de algumas funcionalidades ‘escondidas’ dos comandos Joy-Con, nomeadamente a câmara de infra-vermelhos e o ultra-preciso sistema de vibração. Divertido mas ficam dúvidas quanto à longevidade.

A surpresa estava, no entanto, guardada para o final da sessão com ‘Snipperclips: Cut it out, together!’. Este pequeno jogo de puzzles colaborativo coloca dois jogadores no controlo de dois pequenos pedaços de papel. Para resolver os problemas que se apresentam, os jogadores devem alterar as suas formas para preencher os contornos e realizar tarefas. Simples, elegante e muito divertido naquilo que Jorge Vieira aponta como o “segredo mais bem guardado da Switch”. Se assim é, ficará satisfeito por o descobrir.

Com que posso contar?

A Nintendo Switch estará disponível em Portugal a partir do dia 3 de março. No pacote mais simples poderá encontrar a consola propriamente dita, a doca para ligar à televisão, dois comandos Joy-Con, o suporte e as correias para os ditos comandos, cabo de alimentação (USB-C) e ainda um cabo HDMI.

No que diz respeito a especificações da consola, a Nintendo não se alongou em componentes e referiu apenas que a consola será capaz de reproduzir jogos em definição 720p com 60 frames por segundo em modo portátil e em 1080p com 60 frames por segundo quando ligada à televisão.

Tratando-se de uma consola com forte inclinação para portátil, a bateria é um fator importante. A autonomia dependerá dos jogos e, enquanto poderá jogar um jogo como 'The Legend of Zelda: Breath of the Wild' durante apenas três horas em modo portátil, poderá desfrutar durante mais tempo de outros títulos menos exigentes. Já a bateria dos comandos durará cerca de 20 horas, mais que suficiente para uma sessão de jogo confortável.

É também bom saber que, caso esteja numa viagem particularmente longa, poderá carregar a consola com recurso a uma comum PowerBank graças à entrada USB-C.

A nível de armazenamento poderá contar com 32GB, quantidade que a Nintendo considera suficiente uma vez que os novos GameCards (em que se pode encontrar os jogos em formato físico) impedem que os jogos sejam instalados como em consolas concorrentes. Caso pretenda adquirir títulos na Virtual Console da Nintendo, é dada a capacidade de adicionar mais memória por via de cartões micro-SDHC com capacidade de até 2TB.

É o futuro?

De momento não há como garantir que a Switch será bem-sucedida. Tendo em conta que uma consola ‘feita’ pelos seus jogos, só a longo prazo se poderá considerar a Switch um sucesso ou um fracasso. Por agora, o que se pode dizer é que, pelo menos em conceito, a Switch funciona muito melhor que a Wii U.

A forma como ambas foram apresentadas não podia ser mais díspar. Enquanto a Wii U foi apresentada perante o público da E3 e a ocasião pouco fez para satisfazer as dúvidas dos consumidores, o conceito da Switch foi apresentado num pequeno vídeo lançado no final do ano. A verdade, é que o conceito de consola caseira/portátil da Switch é fácil de perceber e, sobretudo, de utilizar.

Inicialmente, este será o maior trunfo da Switch, que tem apenas de levar os consumidores interessados/intrigados a passar pelo seu “momento da magia”. Como já foi referido, é difícil não ficar convencido.

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