Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 19º

NASA terá provas de que a vida ressurgiu várias vezes na Terra

Na atmosfera do planeta, além de não haver oxigénio, havia muito metano e amoníaco.

NASA terá provas de que a vida ressurgiu várias vezes na Terra
Notícias ao Minuto

08:00 - 19/01/17 por Notícias Ao Minuto

Tech Investigação

Os estudos do grande evento de oxigenação, que se deu no passado remoto da Terra, indicaram que a vida poderá ter aparecido e extinguido várias vezes na história do nosso planeta, diz-se no artigo publicado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos PNAS.

"A consciência de que houve um período na história da Terra quando ela tinha o mesmo volume de oxigénio de hoje, enquanto a vida era totalmente diferente ou não existia, pode significar que a descoberta de oxigénio nos planetas distantes nem sempre indica presença de vida", afirmou à PNAS Michael Kipp, investigador do Instituto de Astrobiologia da NASA, em Seattle (EUA).

Outra Terra

Segundo consideram os cientistas de hoje, num passado remoto, a Terra tinha pouco em comum com o planeta onde agora vivemos. Na atmosfera do planeta, além de não haver oxigénio, havia muito metano e amoníaco.

Por enquanto, não se sabe quando é que a vida nasceu. Há provas contraditórias sobre a existência de vida na Terra no período entre 3,7 e 4 bilhões de anos atrás, ou seja, logo após a formação da Terra e da Lua e o fim do seu 'bombardeamento' pelos grandes asteroides e cometas. Kipp sugere a existência de vida antes mesmo do evento chamado pelos geólogos de a 'Grande Catástrofe do Oxigénio'. No período entre 2,4 e 3,32 bilhões de anos atrás, a concentração de oxigénio aumentou de modo drástico, ou seja, de 0.0001% para 21% atuais.

A causa deste evento, segundo os cientistas contemporâneos, prende-se com organismos de fotossíntese (cianobactérias) que limparam a atmosfera do dióxido de carbono e o encheram com oxigénio.

Kipp e seus colegas conseguiram estudar detalhadamente este evento ao reparar que a composição de dois isótopos de selénio — selénio-82 e selénio-78 — depende do volume do oxigénio existente no oceano ou em algum outro tipo de ambiente que também tenha combinações de selénio. Isto ajudou os cientistas a observar as flutuações de concentração do oxigénio no oceano pristino da Terra ao longo de todo o período da 'Catástrofe do Oxigénio'. Estes dados, segundo Kipp, são extremamente importantes para entender se a vida primária (para a qual o oxigénio era considerado como substância venenosa) conseguiu sobreviver à catástrofe e adapta-ser gradualmente ao O2, habitando em camadas profundas oceánicas com baixa concentração do oxigénio, ou não. Para obter tal tipo de dados, os autores do artigo recolheram 70 amostras das rochas mais antigas, constituídas pelas sedimentações de xisto que se formaram na Gronelândia, África do Sul e noutras partes do mundo há cerca de 2,3 e 2,1 bilhões de anos.

Tais medições revelaram um quadro muito interessante e inesperado — ao invés de um aumento drástico da concentração de oxigénio e sua redução gradual nos 200 milhões de anos, os cientistas viram que a concentração de oxigénio na atmosfera permaneceu alta ao longo de todo o período. Depois, caiu de modo brusco para quase zero, estagnando ao longo do próximo bilhão de anos. As causas disso, até agora, não foram estabelecidas.

Por outro lado, Kipp e os seus colegas encontraram vestígios de que até no fim da Catástrofe do Oxigénio o oceano possuía zonas completamente sem oxigénio, sendo que a vida encontrava formas de contorná-las, adaptando-se a novas condições da época. Tal reviravolta, indica uma hipótese interessante. Duzentos milhões da existência do oxigénio na atmosfera são eficientes para que a vida se adapte à sua presença e se "esqueça" como é viver sem ele. Deste modo, no momento em que o oxigénio desapareceu, a vida poderá ter atingido a extinção juntamente com o elemento.

São várias as provas destas teorias — a descoberta de sedimentações "multicelulares" que se formaram no período entre 2,1 e 2,2 bilhões de anos atrás, restauração gradual da concentração de oxigénio na atmosfera que demorou um bilhão de anos, e uma série de outros fatores.

Por isso, segundo os investigadores, não é correto afirmar que, a existência de oxigénio nos planetas distantes, remeta para a existência de vida em sua superfície. É muito provável que os habitantes extraterrestres tenham morrido há tanto tempo, que hoje em dia, não há vestígio algum.

Recomendados para si

;

Recebe truques e dicas sobre Internet, iPhone, Android, Instagram e Facebook!

O mundo tecnológico em noticias, fotos e vídeos.

Obrigado por ter ativado as notificações de Tech ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório