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Web Summit pôs o país "no mapa da tecnologia à escala global"

À conversa com o Tech ao Minuto, o CEO da portuguesa Zaask fez o balanço ao evento de empreendedorismo e tecnologia no dinamismo da economia e do ecossistema de startups.

Web Summit pôs o país "no mapa da tecnologia à escala global"

Foi há duas semanas que a Web Summit teve direito à primeira edição em Portugal, uma ocasião que fez chegar ao nosso país fundadores de empresas e investidores vindos de todos os cantos do mundo.

Aproveitando a oportunidade, o CEO da Zaask, Luís Pedro Martins, também marcou presença no evento de forma a dar conhecer a empresa portuguesa aos visitantes, naquele que aponta ser um “dos melhores investimentos que o país já fez”.

Em baixo pode ler a conversa que o Tech ao Minuto teve com Luís Martins sobre a Web Summit, nomeadamente o balanço que o CEO faz do evento, não só para a Zaask como para o país, assim como o que significa a garantia de mais duas edições.

Estando então a Zaask num outro patamar, com provas dadas, como é que vê a vinda da Web Summit para Portugal? Vem na altura certa?

Acho que é espetacular. Acho que é dos melhores investimentos que o país já fez foi trazer a Web Summit. Apesar de o ecossistema estar a evoluir em Portugal, o nível de know-how ainda é relativamente fraco comparado com outros mercados. Ainda é muito difícil encontrar pessoas que já conseguiram expandir uma plataforma para 20 ou 30 países, os CMOs que já gastaram os mais do que cinco milhões de euros em marketing. Ainda não há propriamente uma base ou os recursos. Não há know-how dos investidores, ainda são muito os investidores tradicionais que nunca criaram um negócio digital e que não conseguem ajudar porque não sabem.

Tudo isto é natural. É um ecossistema jovem mas só há um caminho, fazê-lo evoluir porque temos de passar por isto senão nunca vamos evoluir. Trazer a Web Summit é claramente uma alavanca gigante porque traz muitas pessoas de fora, muitas pessoas vêm conhecer e apaixonam-se por Lisboa, começando pelo criador do evento [Paddy Cosgrave]. Muitas pessoas começam a querer criar aqui as suas startups, o ecossistema tem muito a crescer com a vida de pessoas de fora que trazemoutro know-how, outras experiências. Ainda estamos no começo já estamos a dar passos largos e acaba por posicionar Portugal no mapa da inovação e da tecnologia à escala global e europeia. Esse posicionamento é importantíssimo porque começa a atrair mentores e investidores e tem um efeito exterior e interior do país. Porque se calhar milhões de pessoas em Portugal aprenderam a estar de olhos postos na tecnologia, inovação e empreendedorismo e são essas três coisas que fazem crescer um país. Isso é fundamental para qualquer economia e por isso acho que foi dos melhores investimentos que já se fez.

Para uma empresa como a Zaask também é bom. Como queremos ser o marketplace de referência de serviços locais à escala global porque não existe nenhum e queremos ocupar essa posição, porque não? Temos estar constantemente em contacto com investidores, porque se queremos crescer mais precisamos de investimento. Em termos práticos pudemos continuar conversas com investidores que temos vindo a falar e conhecer outros. Não fechámos nenhuma ronda de capital, também não é assim que as coisas acontecem.

Foi o principal objetivo da Zaask conhecer investidores?

O networking funciuona mas as coisas não acontecem assim. Há um trabalho de casa feita, que temos vindo a fazer desde há alguns anos. Entrar em contacto, ter reuniões, chamadas,…, em vez de termos de estar a viajar para Roma, Londres e Berlim foi aqui na nossa terra, no espaço de dias e num só sítio pudemos falar com vários. Dá-nos um posicionamento diferente. Não quer dizer que ir a outros países seja uma barreira mas não ajuda.

Foi um dos principais objetivos mas também quisemos mostrar ao mundo que em portugal também se faz boa tecnologia, plataformas úteis, que resolvem o problema das pessoas e que somos tão bons como os outros.

A ideia de trazer a Web Summit foi boa mas e quanto à concretização? Correu tudo bem?

Acho que sim, que correu tudo bem. Há sempre uma falha ou outra mas acho que sim. O feedback foi ótimo, esteve bom tempo e é muito fácil ficar apaixonado por Lisboa. Até a parte noturna, é sempre bom porque se calhar quando vais beber uma cerveja as coisas correm melhor, é tudo mais natural. Às vezes bastar sermos nós próprios porque ao fim ao cabo as pessoas estão a investir em nós. E depois toda a gente como uma ou outra cerveja as coisas saem melhor! Era quase impossível correr mal, é espetacular.

Mas há alguma coisa a ser melhorada?

Acho que a Web Summit é aquilo que uma pessoa quer que seja. Quanto mais esforço puseres no evento mais retiras dele. Com mais planeamento e pesquisa as coisas correm melhor. Acho que há diferentes utilizações do Web Summit mas sobretudo quanto mais investires mais recebes, como em tudo. Se há alguma coisa a melhorar é que as pessoas têm de olhar para dentro, saber o que podia ter corrido melhor e do que podiam ter tirado mais partido. Também vem da experiência.

Possivelmente as próximas edições também vão correr melhor porque o mercado português também vai estar melhor preparado.

Concordo. Para muita gente foi a primeira vez que veio um evento destes e ouviu falar no tema digital se calhar durante este ano vai pensar de outra forma. O facto de acontecerem mais duas edições vai permitir-lhes aproveitar melhor.

(Esta é a segunda parte da entrevista feita a Luís Pedro Martins. Na primeira parte, o CEO da Zaask falou sobre o início da empresa e o caminho que esta percorreu até agora)

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