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Airbnb: "Portugal está na moda a nível mundial"

A plataforma Airbnb veio mudar a forma como muitos portugueses reservam alojamento para o seu destino de férias. O Tech ao Minuto quis saber qual tem sido a evolução da aplicação no nosso país.

Airbnb: "Portugal está na moda a nível mundial"
Notícias ao Minuto

06:40 - 16/09/16 por Miguel Patinha Dias

Tech Turismo

É bem conhecida a tendência para o turismo de Portugal. O bom tempo, a gastronomia e as cidades recheadas de história são apenas alguns dos motivos que tornam o nosso país convidativo para pessoas de todo o mundo. Posto isto, é difícil imaginar que uma plataforma como a Airbnb não pudesse ser bem-sucedida em território português.

A Airbnb foi lançada originalmente em 2008 na cidade São Francisco, no estado da Califórnia nos EUA, como forma de combater o alto valor dos alojamentos na cidade. A solução esteve na criação de redes de anfitriões que recebiam pessoas nas suas casas num período de curta-duração. É este pragmatismo que ajudou a Airbnb a expandir-se com sucesso para todo o mundo e, naturalmente, os portugueses também se deixaram conquistar.

O Tech ao Minuto procurou saber junto de Ricardo Macieira, Country Lead para Portugal da Airbnb, qual tem sido o desempenho da plataforma em Portugal e qual o tipo de uso que tem sido dado a este canal de comunicação entre anfitriões e turistas aventureiros. Leia a entrevista em baixo.

A Airbnb tem encontrado mercado em Portugal? Qual é que tem sido a evolução da aplicação no nosso país?

Portugal está na moda a nível mundial e as principais cidades posicionam-se muito bem entre os destinos mais importantes a nível mundial. Lisboa está posicionada habitualmente entre os 10 principais destinos urbanos na plataforma Airbnb e, no verão de 2015, o Porto foi considerado o 4º destino de eleição num estudo junto de norte-americanos que utilizam a plataforma. No ano passado, quase 1 milhão de visitantes utilizou a nossa plataforma para a sua estadia em Portugal, duplicando os visitantes do ano anterior, com um tempo média de permanência de 4,4 noites. Recentemente, divulgámos um estudo de impacto económico da comunidade Airbnb em Lisboa, que revela que contribuímos, no ano passado, com 268 milhões de euros para a atividade económica em Lisboa e impulsionámos os rendimentos das famílias de classe média e do comércio local. 

Além da aplicação, a Airbnb tem mais algum papel na comunicação entre o anfitrião e o hóspede? Como garantem que os dois elementos têm uma interação harmoniosa?

O aspeto fundamental é a confiança: todas as transações ocorrem dentro da plataforma e nunca se disponibilizam dados pessoais como o correio eletrónico ou o telefone, até que a reserva esteja confirmada. Os anfitriões e viajantes avaliam-se mutuamente na plataforma, pelo que a reputação e os perfis assumem um papel fundamental. Este sistema permite que os viajantes saibam antecipadamente quem é a pessoa que os receberá no seu destino, como é o espaço e, sobretudo, como foram as experiências de outras pessoas que se hospedaram antes naquele lugar. O anfitrião, por seu lado, poderá saber com antecipação quem é a pessoa que lhe está a solicitar alojamento e porque é que escolheu a sua casa e a sua cidade, entre milhares de opções. O contacto próximo entre os nossos anfitriões e hóspedes é estimulado através de ferramentas para que se possam avaliar e conhecer antes de qualquer reserva. É possível ler o perfil de cada pessoa, ler as avaliações que já foram feitas, ver se têm amigos em comum no Facebook, ou seja, não há espaço para o anonimato na Airbnb. Depois o resto parte de cada pessoa, de cada anfitrião. Mas em Portugal conhecemos várias histórias de anfitriões que vão buscar os seus hóspedes ao aeroporto, que os recebem com um cabaz de produtos locais, etc.

Qual é o perfil do ‘utilizador-tipo’ da Airbnb?

Quanto ao perfil do anfitrião, em Portugal, a média de idade é de 42 anos, 47% homens e 53% mulheres. Por ano, em média, cada anfitrião aluga o seu espaço por 68 noites e tem um rendimento mensal, em média, de 290 €. Quanto aos hóspedes, 91% visita Portugal para férias e lazer e 88% dos hóspedes escolhe alojamento pela Airbnb para viverem uma experiência autêntica e viverem como um local. Em média viajam 2,6 pessoas por grupo, sendo que em 91% das estadias envolvem 4 ou menos hóspedes.

Planeiam adicionar alguma funcionalidade específica para Portugal?

A Airbnb está em constante evolução e a procurar satisfazer as necessidades dos seus utilizadores. Estão sempre a ser pensadas novas funcionalidades, mas a um nível global. De momento, para Portugal, a particularidade mais específica é que os anfitriões de Lisboa podem liquidar a taxa turística através da plataforma. Lisboa é, juntamente com Paris e Amesterdão, uma das capitais europeias que partilha esta característica.

Portugal tem sido um país popular para procurar casa? Mais entre os portugueses ou estrangeiros? Além disso, há alguma região que seja particularmente procurada?

As cidades mais procuradas por viajantes estrangeiros são respetivamente: Lisboa, Porto, Algarve, Peniche e Madeira. Os cinco principais países emissores de viajantes para Portugal através da Airbnb são a França (24,8%), Alemanha (10,5%), Reino Unido (9,3%), Espanha (9,1%) e EUA (6,8%). O número de portugueses a utilizarem a plataforma para viajarem, em 2015, foi de 120 mil, sendo que os destinos mais populares são Lisboa, Paris e Londres.

Quais são as perspectivas de crescimento da Airbnb? Há algum objetivo por ser ultrapassado?

Neste momento estamos empenhados em construir uma comunidade local aberta e transparente de partilha de casa (ou home sharing) e contribuir para a sustentabilidade do turismo em Portugal. A Airbnb trabalha de uma forma construtiva com as autoridades em todos os países procurando sempre criar condições para que as pessoas possam arrendar a sua residência a hóspedes interessados em viver como um local.

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