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Youtubers ganhar dinheiro com visualizações dos vídeos e publicidade

O aumento dos utilizadores e da publicidade nas redes sociais permitiu aos criadores de conteúdos disponíveis no YouTube ganhar dinheiro com anúncios em função do número de visualizações dos vídeos, disseram à Lusa 'youtubers' portugueses.

Youtubers ganhar dinheiro com visualizações dos vídeos e publicidade
Notícias ao Minuto

13:36 - 03/09/16 por Lusa

Tech Youtube

O crescimento do YouTube em Portugal -- a segunda rede social em termos de taxa de penetração, segundo um estudo da Marktest -- abriu novas portas para as empresas, que encontraram uma forma de chegar a uma audiência específica, e levou ao nascimento de uma nova profissão, os 'youtubers', que são os protagonistas dos vídeos.

Uma profissão com remunerações variáveis, que dependem do número de visualizações dos vídeos, às quais podem acrescer extras, decorrentes da publicidade feita pelos 'youtubers'. Cada 'youtuber' tem a sua "tabela de preços", que variam em função do número de subscritores do canal.

Inês Rochinha, do canal mymakeupsecret (119.239 subscritores na sexta-feira), contou à Lusa que antes do AdSense (serviço de publicidade oferecido pela Google) chegar a Portugal "não existiam formas de rentabilizar os vídeos, visto que nenhuma 'network' (rede) o conseguia fazer".

"O YouTube só valida as visualizações pagas se estas responderam a certos requisitos. O valor exato não existe, pois todos os meses o CPM (preço por 1.000 visualizações) varia", explicou Carina (que adota como apelido o nome do seu canal), do Carina Muito à Frente (18.071 subscritores), no YouTube desde 2010.

Inês Rochinha acrescentou que o CPM é somado no final de cada mês e a percentagem do valor é dividida entre a 'network' e o 'youtuber'.

"As empresas, através do 'marketing' digital, estão a aprender a lidar com estes novos conceitos e, apesar de apreensivas, começam a dar pequenos passos no mundo do YouTube e a entender o nosso potencial enquanto indivíduos e profissionais da área", referiu.

"Quanto mais partilhas e subscritores tiver um canal, mais visualizações terão os vídeos", concluem Bruna e Bárbara Corby, do canal Corbyssimas (39.025 subscritores), contudo, sublinham que "os valores variam essencialmente consoante o número de visualizações dos vídeos e as parcerias com marcas".

Adriana e Ilda, do canal Adriana-Ilda (51.109 subscritores), adiantaram que, além de ganharem dinheiro com as visualizações dos vídeos, a publicidade a marcas e empresas se tornou também numa forma de rendimento.

No que respeita às consequências de ganharem dinheiro com o YouTube, as opiniões são distintas. Adriana e Ilda defendem que não será benéfico que o 'youtuber' "se deixe consumir pelo rendimento que quer fazer", enquanto Carina aponta vantagens: "mais criatividade, mais conteúdos e mais qualidade nos vídeos".

Já Inês Rochinha acredita que "o dinheiro acaba por ser um dos fatores motivacionais para continuar", uma vez que "reflete-se em novos equipamentos e formação".

Em relação ao crescimento dos canais, Adriana e Ilda defendem que a "popularidade que os vídeos 'online' ganharam no último ano" influencia de forma positiva o crescimento, enquanto Bárbara e Bruna Corby consideram que há uma ligação direta entre os vídeos que publicam e o crescimento do canal, referindo que há "alturas cruciais", como o Natal, o verão e o regresso às aulas.

Catarina Beato, que tem o blogue 'Dias de uma princesa' há quase 12 anos, apostou num canal no YouTube há cerca de um mês (1.021 subscritores) e fala em dois "mundos completamente diferentes": "O YouTube é o canal de comunicação dos adolescentes, rápido, direto, muito direcionado. Eu confesso que gosto mais da leitura, dessa relação menos visual. E acho que a minha geração - que é quem me lê [no blogue], concorda".

Para o diretor da Blog Agency - agência que gere blogues, contas de Instagram e de Facebook -, "são mais os que pensam que é fácil ganhar dinheiro com o YouTube do que os que têm real noção das respetivas dificuldades", sustentando que "produzir conteúdos com potencial viral é muito trabalhoso e dispendioso".

Francisco Gautier entende que para desenvolver a comunidade de seguidores os canais devem ter "uma programação" como qualquer televisão e dá um exemplo: "Todos sabemos a que horas passa o telejornal que mais gostamos de ver".

Francisco Gautier considera que os 'youtubers' podem tornar-se 'opinion makers' (formadores de opinião) e defende que os "canais de YouTube devem ser geridos provocando a mesma expectativa que criam as novelas": "Se ficarmos ansiosos pelo próximo vídeo então é porque o 'youtuber' em questão está a ter sucesso com a sua estratégia de comunicação".

Hoje e no domingo decorre a terceira edição do VidYou Festival, no Porto, que quer contribuir para o crescimento da comunidade YouTube em Portugal.

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