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JiTT.travel, a aplicação de viagens para os amantes de História

O Tech ao Minuto procurou saber junto dos responsáveis pela aplicação o que é que a JiTT.travel pode fazer por quem quer conhecer a fundo os locais que visita.

JiTT.travel, a aplicação de viagens para os amantes de História

Entre as mais variadas áreas de aplicações disponíveis nas lojas virtuais da Google ou da Apple, uma das mais populares é, sem dúvida, a do turismo. A concorrência é feroz mas a exigência dos consumidores também, sobretudo para aqueles que querem algo mais específico para o seu estilo de viagem.

Uma das aplicações no mercado capaz de responder aos desejos de determinados viajantes é a Just in Time Tourist (JiTT), aplicação que faz da história de cada local um dos seus principais pilares. Além desta direção, a JiTT.travel procura respeitar o tempo disponível do viajante para traçar uma rota dos locais mais importantes a visitar.

Para ficar a conhecer melhor esta aplicação, o Tech ao Minuto falou com a Gestora de Mercado da JiTT.travel, Cristina Baptista, que contou como tudo começou, assim como quais são as grandes ambições da equipa.

Como foi criada a JiTT.travel? O que é que motivou a iClio a lançar-se no mercado das aplicações de turismo?

A empresa, a iClio, foi criada em 2009 por um grupo de historiadores, nada de engenheiros. Na altura sentiu-se que havia uma lacuna no mercado em termos de conteúdos e, como era uma equipa de viagens, sabia-se que não era propriamente fácil encontrar uma aplicação no mercado que fizesse aquilo que faz a nossa aplicação com controlo de tempo e a gestão de uma rota.

Com o tempo o produto foi-se aperfeiçoando, fomos mudando um pouco o nosso ‘business model’. Teve início enquanto várias aplicações, a primeira até foi de Barcelona, que depois foi traduzida para algumas línguas e depois passou para Roma, Londres e Paris. Depois, com aquilo que nós sabíamos que o mercado precisava e nos ia pedindo, foi criado o JiTT.travel que é a nossa aplicação agregadora.

Houve um ponto em que nós tínhamos centenas de aplicações no mercado, que dizem respeito a muitas cidades mundiais e em várias línguas (nós temos oito línguas). Então criámos uma aplicação agregadora, a que nós chamamos a nossa ‘master app’, que reúne todas as nossas aplicações e até as aplicações que os nossos convidados vão colocando na nossa plataforma.

Sabemos que as aplicações na área do turismo são bastante concorridas. Qual o conceito da JiTT.travel que a distingue da concorrência?

Não é à toa que já fomos selecionados pelas Nações Unidas como a empresa com a melhor prática e experiência mobile para o turismo. Como disse e muito bem, existem mil e uma aplicações de turismo e no que é que nós nos diferenciamos? Nos conteúdos, porque são criados por nós, uma equipa de historiadores e escritores, que ao mesmo tempo são viajantes. Ou seja, não nos identificamos com conteúdos ‘chapa cinco’ da Wikipédia (como costumamos dizer), gostamos de referenciar a História mas também tentamos ir àqueles conteúdos mais interessantes como lendas, curiosidades e isso de facto faz toda a diferença, não é um conteúdo aborrecido.

Por outro lado, temos o controlo do tempo. Aliás, JiTT vem de “Just in Time Tourist”, porque o utilizador usa a aplicação para dizer quantas horas tem livres e a partir desse número nós definimos uma rota, tendo em conta o ponto de partida do utilizador.

Para mim, enquanto utilizadora da aplicação, o que eu gosto mais é a criação de uma rota. Ou seja, já não preciso de, quatro ou cinco dias antes de viajar, pensar “eu quero ir aqui, ali e acolá” e quanto tempo vou demorar nestes sítios, a aplicação já faz isso por mim. Assinala os pontos com mais interesse, “vais primeiro aqui, depois ali e depois acolá”. Enquanto utilizadora acho que é a melhor parte da aplicação.

Como é que reúnem as informações necessárias sobre cada cidade e a processam para o utilizador final?

Nós temos a equipa de conteúdos, composta por pessoas de história e jornalismo, que têm alguma base de sociologia, para tentar perceber o que é que se passa na cabeça dos nossos utilizadores. É feita uma seleção das cidades mais visitadas e tentamos perceber quais são os pontos de interesse mais visitados e mais interessantes da cidade. Não apenas aqueles pontos que as pessoas visitam mais, para proporcionar uma visita diferente dos outros guias. Depois é feita uma pesquisa bastante profunda, não nos ficamos por ler apenas o que está escrito na Wikipédia. Até a tentamos evitar porque surgem informações erradas.

Pesquisamos em livros, conversamos com pessoas informadas nessa área e a partir daí são escritos textos com algumas diretrizes como o número de palavras, de modo a não ser demasiado longo, curto ou aborrecido. Queremos passar a informação necessária para o utilizador se aperceber do que está a ver.

Os utilizadores têm-se mostrado recetivos a esta abordagem, de uma aplicação vocacionada para a história? Procuram este tipo de viagens?

Nós trabalhamos contra muitos grandes no mercado. Obviamente ainda não temos um nome como uma Lonely Planet, mas posso garantir-lhe que os nossos números nas lojas virtuais têm aumentado bastante.

Claro, não podemos chegar ao mercado e ser um grande, mas estamos no caminho para isso. Temos recebido bastantes prémios, fomos referidos pelo New York Times e é a partir daí que as pessoas nos vão conhecendo, porque se fizer uma pesquisa nas stores a nossa aplicação não vai ser a primeira a aparecer, mas pouco a pouco está a subir e acreditamos que vai chegar a primeiro e destronar os outros.

Nesse sentido os conteúdos têm ajudado bastante. Estamos numa era em que o conteúdo e a informação são valorizados e por causa disso temos tido muitos mais descarregamentos do que aqueles que tínhamos há um ou dois anos atrás.

A aplicação tem sido bem-sucedida, mas durante o ano há meses melhores e há outros piores…

Exatamente. Por exemplo, em Março que é uma altura em que as pessoas começam a pensar nas férias e para onde querem ir, verificamos um pico de descarregamentos das nossas apps. Podendo duplicar, inclusive.

Qual tem sido o feedback que tem recebido dos utilizadores? Fazem críticas construtivas? Estão a planear o futuro da JiTT.travel com base nesse feedback?

Como já referi, estamos a mudar um pouco o nosso ‘business model’. No início em 2009 isto era uma coisa extremamente pequenina e aquilo que começámos com single apps passámos, a pedido dos nossos utilizadores, para uma aplicação única. Mantivemos as outras, mas construímos uma aplicação única onde todos os nossos utilizadores podem encontrar todas as nossas apps.

Depois pensámos um bocadinho e, seguindo alguns conselhos e pedidos dos nossos utilizadores, criámos uma plataforma em que cada pessoa no futuro poderá criar a sua própria aplicação e monitorizar esse conhecimento. Se uma pessoa conhece Lisboa perfeitamente – por exemplo a rota dos melhores pastéis de nata – então porque não criar um guia?

Nós já temos a plataforma criada, estamos com testes piloto, já convidámos alguns ‘bloggers’ e hotéis a colocar as informações deles nessa plataforma. Essas informações nascerão na nossa aplicação. Isto tudo a pedido e através de conselhos dos nossos utilizadores.

Qual é o objetivo máximo da JiTT.travel? Não apenas em termos de tabelas de descarregamentos mas enquanto grupo de historiadores e pessoas de humanidades, qual é a grande ambição da equipa de JiTT.travel?

Neste momento, gostamos de dizer que é destronar a Lonely Planet, entre outros. Obviamente queremos ter uma marca ainda mais forte no mercado mas ainda queremos mais. Já somos bastante conhecidos mas ainda não ao ponto de estar numa conversa e saberem exatamente do que se está a falar. Neste momento estamos a ir pela nossa plataforma, em que os utilizadores podem criar as próprias apps e isto é um grande passo no mercado.

Acho que as pessoas muitas vezes não se apercebem… eu estive numa feira de empreendedores no ano passado e estava a contar como é que era o nosso novo 'business model'. As pessoas achavam estranho como é que nós ficávamos com tão pouco dinheiro se as pessoas colocassem o guia na nossa plataforma e vendessem esse guia. Nós ganhamos algum dinheiro, claro (através de royalties) e as pessoas achavam estranho nós pedirmos tão pouco.

A verdade é que pessoas a criarem o guia na nossa plataforma e a divulgarem perante os amigos é um grande passo de marketing e vai passar de boca em boca para sermos muito mais conhecidos. E isto sem gastar praticamente nada. Acho que a partir de agora seremos não só a aplicação Just in Time Tourist, seremos isso e uma aplicação onde as pessoas podem divulgar os conhecimentos e ganhar dinheiro a partir daí.

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