Google disponibiliza tecnologia concorrente aos artigos instantâneos
A Google News vai valorizar mais os artigos de imprensa que utilizem a tecnologia AMP, que permite acelerar a sua apresentação em smartphones, o que pode incentivar mais a comunicação social a utilizá-la.
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Tech AMP
O projeto AMP (sigla de Páginas Móveis Aceleradas, em inglês) é a resposta da Google ao sistema "Instant Articles" (Artigos Instantâneos), graças ao qual a Facebook promete à comunicação social a disponibilização quase instantânea dos seus artigos, propondo-lhe publicá-los direta e integralmente na sua rede em vez da habitual ligação que reenvia os internautas para o sítio na internet da organização de imprensa que os edita.
O sistema AMP permite, por seu lado, otimizar as páginas da internet, assegurando um carregamento em média quatro vezes mais rápido, ao mesmo tempo que divide por dez a quantidade de dados móveis utilizados, segundo a Google.
Depois de uma fase experimental, o grupo tinha anunciado no final de fevereiro em Paris o lançamento mundial do AMP, começando por tornar os artigos mais fáceis de detetar nos resultados do seu motor de pesquisa Google Search.
"Hoje, vamos fazer a mesma coisa em todas as nossa plataformas móveis - web, Android e iOS", indicou na quarta-feira o gripo em um dos seus blogues.
Concretamente, a Google News vai ser enriquecida com um carrossel colocado no topo do ecrã onde o utilizador pode consultar rapidamente uma seleção de 14 títulos principais do dia e aceder a artigos no formato AMP.
E no resto dos artigos referenciados pela Google News, os que utilizarem esta tecnologia vão ser associados a um ícone específico. "Desta maneira, os utilizadores vão saber que estes são carregados mais depressa, mesmo antes de clicarem em cima", destacou a Google.
"Nos poucos meses que se seguiram ao lançamento do AMP, milhares de editores adotaram este novo formato e publicam regularmente versões AMP dos seus conteúdos", garantiu o grupo norte-americano.
Para Benjamin Mullin, do Instituto Poynter, especializado em questões de jornalismo, o anúncio da Google, feito na quarta-feira, "é um sinal que os editores devem talvez adotar o AMP se quiserem a grande parte do tráfico originado pela Google News".
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