Entre as contas bloqueadas estão as de cinco "celebridades" da Weibo, o Twitter chinês, que tinham milhares de seguidores, segundo um comunicado da Administração do Ciberespaço da China.
O organismo acusa os titulares destas contas de "ignorarem as suas responsabilidades sociais, de abusarem da sua influência, de mancharem a honra do Estado e de alteraram a ordem social", sem especificar que comentários estão em causa ou os nomes dos seus autores.
Por outro lado, revela que pediu a algumas páginas na internet para apagarem mais de dois mil textos, que considera rumores que afetam a vida quotidiana da população, o transporte, a segurança alimentar e as políticas públicas.
A China vai reforçar a censura na internet através de uma normativa que entrará em vigor em março que visa controlar o conteúdo publicado no espaço cibernético chinês por empresas estrangeiras e suas associadas.
O documento, designado "regulação para a gestão dos serviços publicitários 'online'" abrangerá as "indústrias criativas", como jogos, animação, banda desenhada e gravações de áudio ou vídeo, avança o jornal de Hong Kong South China Morning Post a 16 de fevereiro.
As empresas ficam assim proibidas de difundir os seus conteúdos "criativos" diretamente no espaço cibernético chinês, estando dependentes de aprovação pela Administração Estatal de Imprensa, Publicações, Rádio, Cinema e Televisão, um organismo do Governo.
A mesma normativa dá também poder aos governos locais para que controlem e vigiem as publicações das empresas na rede.
A regulamentação anterior, que data de 2002, permitia às empresas estrangeiras difundir conteúdo "criativo" diretamente no espaço cibernético chinês.
A população 'online' da China atingiu os 688 milhões de pessoas em 2015, mas Pequim esforça-se para sufocar a liberdade criada pela internet através do "Grande Firewall da China".
Aquele mecanismo censura 'sites' como o Facebook, Youtube e Google. Nos últimos anos, foi aperfeiçoado, bloqueando seletivamente páginas com termos "sensíveis" em vez de uma censura integral do 'site'.
Depois de o Presidente Xi Jinping subir ao poder, em 2012, foi aprovada uma lei de segurança nacional que visa "a proteção da soberania do espaço cibernético", enquanto as autoridades têm vindo a reforçar o monitoramento da rede.