Coreia do Norte esteve nove horas sem internet
As ligações de Internet na Coreia do Norte estiveram totalmente interrompidas, depois de aquele país asiático ter sido responsabilizado pelo mais grave ataque informático nos Estados Unidos, confirmaram hoje peritos informáticos. O serviço foi restaurado após interrupções durante cerca de nove horas.
© Lusa
Tech Peritos
"A Coreia do Norte está totalmente desconectada", confirmou à agência noticiosa francesa AFP Earl Zmijewski, vice-presidente da sociedade americana Dyn Research, especializada em segurança informática.
Realçando que é impossível identificar a causa do corte na Internet, o especialista disse que tanto se pode dever a uma decisão da Coreia do Norte, como tratar-se de uma avaria ou de um ataque informático.
O que é um facto é que a desconexão acontece alguns dias depois de o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter prometido represálias contra Pyongyang, depois de o FBI, polícia federal norte-americana, ter acusado a Coreia do Norte de estar por detrás do ciberataque contra a Sony Pictures.
O ataque paralisou o sistema informático da empresa e incluiu a difusão, na Internet, de cinco filmes dos estúdios, alguns ainda por estrear, de dados pessoais de 47 mil empregados, de documentos confidenciais, como o argumento do próximo filme da saga James Bond, e de um conjunto de emails embaraçosos para os dirigentes da Sony.
O mais grave ciberataque registado nos Estados Unidos obrigou ainda à anulação da exibição da comédia "A entrevista que mata!", sobre uma conspiração fictícia da agência de secreta CIA para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-Un.
Marie Harf, porta-voz do adjunta do Departamento de Estado dos EUA, disse não poder comentar as informações reveladas hoje, referindo apenas que a Administração Obama "está a examinar uma série de opções" para responder ao ciberataque contra a Sony.
Os Estados Unidos já reclamaram da Coreia do Norte que reconheça a responsabilidade pelo ciberataque e indemnize os estúdios.
A Coreia do Norte negou qualquer envolvimento no ataque, reivindicado pelo grupo de piratas informáticos GOP (guardiões da paz), e ameaçou Washington com represálias caso seja alvo de sanções.
Serviço reestabelecido
egundo a imprensa sul-coreana, as principais páginas de Internet norte-coreana permaneceram inativas durante cerca de nove horas até às 10:45 de hoje(01:45 em Lisboa), incluindo o portal da agência estatal de notícias KCNA e do diário Rodong Sinmun, dois dos meios oficiais de Pyongyang.
Ambas as páginas voltaram esta manhã (madrugada em Lisboa) a estar acessíveis e não foram registados mais interrupções.
Esta manhã também estavam a funcionar normalmente o portal de propaganda Uriminzokkiri ou o diário Choson Sinbo, da comunidade norte-coreana no Japão.
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