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Desinformação com IA sobre assassinato de Charlie Kirk chegou a Portugal

A campanha de desinformação gerada com Inteligência Artificial (IA) sobre o assassinato do ativista Charlie Kirk afetou Portugal em setembro, concluiu hoje um relatório Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais (EDMO).

Desinformação com IA sobre assassinato de Charlie Kirk chegou a Portugal

© PATRICK T. FALLON/AFP via Getty Images

Lusa
16/10/2025 11:45 ‧ há 16 horas por Lusa

Segundo o relatório mensal do EDMO, dos 1.517 artigos intercetados pelas 33 organizações que constituem a rede de verificação de factos, 134 (9%) centraram-se na desinformação relacionada com a Ucrânia e 107 (7%) sobre desinformação relacionada com a imigração.

 

Além disso, 100 (7%) eram desinformação referente à União Europeia (UE), 78 (5%) sobre o conflito entre Israel e o Hamas, 65 (4%) eram desinformação relacionada com as alterações climáticas, 42 (3%) sobre a Covid-19 e 20 (1%) sobre questões LBGT+ e de género.

No mês passado, a percentagem de notícias falsas que utilizam conteúdo gerado por IA manteve-se, correspondendo a 10% (145) do total.

"Nos dias após o assassinato do ativista de extrema-direita Charlie Kirk nos Estados Unidos da América, imagens manipuladas começaram a espalhar-se nas redes socais, muitas vezes relacionadas à identidade do agressor", explicam os autores do relatório.

Esta campanha de desinformação com imagens falsas afetou Portugal no mês passado.

Rússia criou campanha de desinformação após assassinato de Charlie Kirk

Rússia criou campanha de desinformação após assassinato de Charlie Kirk

A Rússia desenvolveu uma campanha de desinformação após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, disseminando nas redes sociais publicações extremistas que incitavam à revolta, concluiram organizações sem fins lucrativos.

Lusa | 13:20 - 10/10/2025

Em 13 de setembro, a Lusa Verifica noticiou que as redes sociais não perderam tempo a tentar encontrar o assassino de Charlie Kirk, através de teorias da conspiração, vídeos enganadores e inocentes apontados como suspeitos.

O ativista conservador Charlie Kirk, aliado próximo do Presidente Donald Trump, morreu no dia 10 de setembro após ser baleado num evento na Universidade de Utah Valley, nos EUA.

Na altura, o acontecimento levou a que várias empresas responsáveis por redes sociais e plataformas digitais tomassem medidas para eliminar os vídeos que inundaram o ambiente virtual e que captaram o momento em que o ativista foi baleado.

Portugal também registou desinformação sobre as eleições da Moldova e sobre a flotilha humanitária Global Sumud.

Em setembro, a Lusa noticiou que Portugal e Espanha foram visados por desinformação 'online' sobre a dimensão da frota da flotilha Global Sumud, no mês de setembro.

Segundo o relatório do EDMO, "em setembro, verificou-se um aumento de dois pontos percentuais nas notícias falsas relacionadas com a guerra na Ucrânia. Ao mesmo tempo, a desinformação relativa à imigração e à União Europeia aumentou um ponto percentual".

O aumento de conteúdo falso sobre a guerra na Ucrânia pode ser atribuído a vários fatores, como os incidentes envolvendo drones que sobrevoaram países da UE, bem como as eleições na Moldova e República Checa que foram "alvo de campanhas de desinformação pró-Rússia".

"A UE foi retratada como uma ditadura antidemocrática que censura a liberdade de expressão e cancela eleições. A escalada da guerra na Ucrânia também alimentou a narrativa que retrata a UE e os seus países como os belicistas", segundo o relatório.

Durante o mês de setembro, os verificadores de factos do EDMO registaram um aumento na circulação de conteúdo desinformativo direcionada não só a refugiados ucranianos, mas também a imigrantes e estrangeiros.

O fim do verão ficou também marcado por uma diminuição substancial da desinformação sobre alterações climáticas, enquanto os restantes temas se mantiveram.

Leia Também: Rússia, China e Irão são principais potenciadores de desinformação na UE

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